Indústria de MS começa a produzir etanol de milho até dezembro

Foto: Semadesc
Foto: Semadesc

[Texto: Suzi Jarde, Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul]

Governo entregou Licença de Operação na última sexta-feira

Mais uma grande agroindústria entra em atividade no Estado, a Neomille. E um dos primeiros passos foi a entrega da Licença de Operação, pelo secretário da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Jaime Verruck, ao diretor da empresa, Renato Pretti, na última sexta-feira (20).

O secretário Verruck disse que a intenção é fazer a inauguração oficial da planta em janeiro, com a presença do governador Eduardo Riedel, embora as atividades já possam iniciar imediatamente, com a expedição da Licença de Operação. “Vamos terminar um trevo de acesso, que é um compromisso do Governo do Estado, já que hoje tem um trevo provisório lá”, detalhou, sobre os processos para facilitar a logística.

A Licença de Instalação foi entregue em junho do ano passado e pouco mais de um ano após, já foi possível emitir a Licença de Operação. “Logo que saiu [a LI] começamos as obras e agora, em outubro, nós estamos finalizando a construção  muito rápido, para entrar em operação até dezembro”, estima o empresário.

A Neomille é um empreendimento da CerradinhoBio, maior complexo produtor de bioenergia da América Latina, com unidades em Chapadão do Céu (GO). A planta de MS foi construída em Maracaju com investimento de R$ 1 bilhão, voltada à produção de etanol de milho, óleo de milho, farelo para ração animal e energia. No período de obras foram empregadas mais de 2 mil pessoas e agora, com a entrada em atividade, serão gerados cerca de 200 empregos diretos e 600 indiretos, calcula Pretti.

Licenciamento

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) também foi um parceiro importante para esse avanço no setor industrial no Estado. O secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável, Rogério Beretta, também participou da reunião.

O diretor de Licenciamento e Fiscalização do Imasul, Luiz Mario Ferreira, explicou que por ser um empreendimento novo, o órgão ambiental exige estudos de impactos futuros e determina parâmetros a serem seguidos, para garantir a qualidade ambiental.

“O Imasul passa essa responsabilidade para o empreendedor, dentro do Programa Básico Ambiental, que tem todos os monitoramentos da fauna, da flora, da emissão de efluentes na água, gases na atmosfera, do gerenciamento dos resíduos. A empresa vai fazer a gestão dessas emissões e o monitoramento e relatar ao Imasul periodicamente, em alguns casos, a cada mês, ou cada três meses, garantindo que as emissões permaneçam nos parâmetros estabelecidos”, destacou Luiz Mario.

A partir das tratativas com o Governo do Estado e prosseguindo com a submissão do processo de licenciamento no órgão ambiental, tudo correu de maneira célere e com muita clareza e responsabilidade, destacou Pretti.

“Desde o começo, quando nós decidimos investir aqui, ou estávamos avaliando o investimento, fez toda a diferença essa tratativa do Estado conosco. E eu acho que consolidou, nesse primeiro momento, uma primeira etapa importante com a Licença de Operação. Então, acho que estamos super felizes com a condução do processo.”

Produção

A usina está sendo instalada às margens da rodovia MS-157, em uma área de 115 hectares, em Maracaju. A meta de processamento anual é de 1,2 milhão de toneladas de milho ao final de todo o processo de implantação da usina, com a produção de 510 mil metros cúbicos/ano de etanol,

De acordo com o titular da Semadesc, “a cada 1 tonelada de milho será produzido cerca de 420 litros de etanol (o mesmo vendido nos postos de combustíveis). Além disso, teremos como subproduto o DDG, que é o farelo de milho, de alto valor proteico e deverá ser utilizado na criação de bovinos em confinamento e também na produção de ração para suínos e aves”.

O empreendimento da CerradinhoBio, chamado Projeto Greenfield, segue padrões internacionais de sustentabilidade e deve zerar suas emissões de carbono. “Ele está alinhado com o MS Carbono Neutro e foi concebido para provocar o menor impacto ambiental possível”, finaliza Jaime Verruck. Acesse também: Vagas temporárias movimentam setor supermercadista na Capital

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