Idosos devem receber reforço com a Pfizer, avalia Cosems

VACINA IDOSOS
Valentin Manieri

Marcada para ontem (20), reunião que decidiria sobre a aplicação da terceira dose da vacina contra a COVID-19 em Mato Grosso do Sul acabou cancelada. Agora, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) aguarda nova agenda para discutir o tema, no entanto discussões iniciais apontam que a revacinação, inicialmente em idosos, será autorizada com o imunizante da Pfizer.

“Foi um pleito que o Estado fez para que o Ministério da Saúde avaliasse a necessidade da terceira dose para idosos. A reunião estava marcada, mas de última hora alguns técnicos não poderiam participar”, afirma o presidente do Cosems (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul), Rogério Leite.

Segundo Rogério, além do Cosems e do Ministério da Saúde, também participariam do encontro integrantes da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) e do Conasems (Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde).

Mesmo com data ainda incerta para definições, o presidente do Cosems explica que há tendência de que a solicitação do Estado seja atendida pelo governo federal. “Já há sinalização da intenção de fazer a terceira
dose. Ainda não se sabe de qual laboratório, mas, ao que tudo indica, pode ser a Pfizer. Estamos aguardando ansiosamente para que os municípios vacinem os idosos assim que o Ministério da Saúde autorizar”, completa.

Em meio a recentes discussões sobre a necessidade de terceira dose para idosos, o grupo com 60 anos ou mais lidera disparado o ranking de mortes em Mato Grosso do Sul. Nessa sexta-feira (20), por exemplo, de 13 óbitos registrados, 10 eram de pessoas da terceira idade, o que representa percentual de 76,9% das pessoas que perderam a luta contra a doença.

O novo cenário que se instalou desfavorável ao público mais velho já foi identificado pela SES, que usa os
dados para defender a revacinação. “Já identificamos que há um aumento de casos na população idosa, que já vem acompanhando essa tendência da terceira dose para esse público, que provavelmente vai precisar de um reforço”, avalia a secretária adjunta de Saúde, Crhistinne Maymone.

Na quarta-feira (18), o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, disse que a terceira dose da vacina será aplicada no país, inicialmente em idosos e profissionais da saúde, no entanto que o reforço só começará após o governo ter acesso a estudos científicos sobre o tema.

Recentemente, o Ministério da Saúde encomendou estudo para avaliar a terceira dose em pessoas que tomaram a CoronaVac. O mesmo foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre a terceira dose da Pfizer e AstraZeneca.

“Estamos planejando para que, no momento que tivermos os dados científicos e o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes”, explicou o ministro sem estipular um prazo. (Clayton Neves)

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Após período de queda e estabilidade, idosos com mais de 60 anos voltaram ao protagonismo negativo e são maioria entre pacientes internados com COVID-19 em Campo Grande. Conforme dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), apesar da quantidade geral de internações cair, desde o dia 2 de agosto o grupo da terceira idade lidera a lista e concentra o maior número de pessoas que precisaram ser transferidas para uma unidade de saúde. (leia a matéria completa aqui)

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