Laudo técnico aponta que os detritos retirados dos lagos do Parque das Nações Indígenas se tratam de resíduos sólidos e podem estar contaminados, oferecendo perigo para a nascente de um córrego próximo ao local onde estão sendo despejados. Um grupo, denominado “Amigos do Parque das Nações Indígenas”, se uniu e entrou com pedido na Promotoria do Meio Ambiente, que cobra a destinação correta para o montante de resíduos e a continuidade das obras.
Uma das cobranças do grupo é a continuidade das obras, já que o laudo aponta que o lago é utilizado para conter alagamentos na região e não alcançou profundidade suficiente para cumprir esse papel no longo prazo. Membro do grupo, Alfredo Sulzer relata que o parque precisa de uma atenção especial, já que, além de ser cartão-postal, tem importante valor ambiental. “O laudo aponta que ainda existe muito sedimento a ser retirado, as obras pararam, o maquinário já foi levado, mas o lago principal não alcançou a profundidade que poderia, então o serviço não está pronto, ainda é necessário continuar com as obras, para que os benefícios possam ser vistos durante anos, e não ser apenas uma medida paliativa”, apontou.
Em relação à terra acumulada ao lado do Cetremi (Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua), o laudo aponta que está localizado ao lado da nascente do Córrego Jardim Português. “Nós hoje estamos passando por um período de estiagem, mas logo pode começar a chover, essa terra tende a ser arrastada para a nascente do córrego, já que fica muito perto do lugar onde está sendo acumulada – acredito que uns 50 metros –; isso é muito perigoso e causaria um dano ambiental muito grande”, destacou Sulzer. O pedido está na Justiça, mas foi negado em primeira instância; o grupo recorreu e aguarda o andamento do processo. (Amanda Amorim)