Gasolina na Capital já subiu 25 vezes no ano e custa 27,9% a mais que em janeiro

GASOLINA
VALENTIN MANIERI

Combustível registrou alta no preço médio comercializado nos postos de todo o país

Atualmente, um dos grandes vilões do bolso do consumidor tem sido o combustível. Acompanhado das recorrentes altas em diversos serviços e produtos no Brasil, o preço de gasolina, etanol e diesel é um dos fatores que impulsionam a inflação no país. Somente em Campo Grande, a gasolina comum já aumentou 25 vezes desde janeiro de 2021.

Hoje, parar em um posto de combustíveis para abastecer significa ter de gastar mais para se locomover pela cidade com um veículo próprio. E esse custo maior já representa pagar 27,9% a mais no litro da gasolina da Capital, se comparado com os preços praticados no início deste ano.

A quantidade de aumentos dos valores dos combustíveis neste ano equivale a mais que dois reajustes realizados por mês na cidade. Em apuração feita pelo jornal O Estado, foi identificado que na primeira semana de janeiro de 2021 o custo médio do litro da gasolina era de R$ 4,65 em Campo Grande. Hoje, a média é de R$ 5,95, uma elevação de R$ 1,30.

Nesta semana, a reportagem também apurou que há postos da cidade que já comercializam o litro do combustível a R$ 6,63, se o pagamento for realizado na modalidade de crédito. Caso a compra seja realizada no débito, a mesma gasolina custará R$ 6,48.

Neste ano, o destaque de variação semanal no preço foi visto em fevereiro, quando o combustível era vendido por R$ 5,00, em média, e passou a custar R$ 5,29. Na pesquisa de valores máximos cobrados nos postos da cidade naquele mês, a diferença foi maior ainda, saindo de R$ 5,10 em uma semana para R$ 5,55 em outra. Um aumento de quase 9%.

Em relação a um ano, a alta dos preços representa uma variação ainda maior. Segundo dados obtidos por meio do levantamento realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), a média do valor da gasolina na terceira semana de outubro de 2020 era de R$ 4,50 em Campo Grande. Isto é, 32% a menos que o registrado atualmente.

Etanol 

Seguindo a mesma tendência de ascensão dos preços, o etanol computou 27 reajustes na Capital. A diferença mais significativa também foi vista em fevereiro, quando o litro do derivado da cana-de-açúcar aumentou quase 8% em uma semana. O combustível, que custava em média R$ 3,47, saltou para R$ 3,74 no curto período de tempo.

Litro em MS aumentou 29%

Na comparação com o início de 2021, MS teve alta de 29%. O preço médio da gasolina vendida em janeiro era de R$ 4,65. Agora, os valores subiram para R$ 6,01 no Estado. No entanto, existem municípios que já estão praticando valores no patamar dos R$ 6,50, como em Corumbá. Para a economista Andreia Ferreira, um dos motivos dos reajustes é a paridade de preços internacionais. “O principal motivo para os aumentos sucessivos de preços é a escolha, adotada pelo governo brasileiro em 2016, pelo PPI (paridade de preços internacionais). Desde então, a cotação nacional do combustível passou a ser atrelada às variações internacionais, cujo preço é fixado em dólar. Então, cada vez que aumenta a cotação internacional e/ou o dólar fica valorizado perante o real, acabamos pagando a conta, literalmente.” (Filipe Ribeiro)

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