Funcionários dos Correios entram em greve na terça-feira

Em resposta à perda de direitos trabalhistas da categoria, os funcionários dos Correios decidiram entrar em greve a partir de terça-feira (04). Os cortes são defendidos pelo presidente da estatal, o ex-ministro Floriano Peixoto, que chamou os direitos de “benefícios”.

“Tem benefícios extra-CLT, e a gente entende que são bastante diferenciados dentro da realidade brasileira. Tem de ficar clara a diferença entre direitos e benefícios”, disse Floriano em entrevista à revista Veja.

Na sexta-feira (31), o Correios apresentou uma proposta de acordo para evitar a paralisação dos serviços. Segundo a nota divulgada, o trabalho de readequação da realidade da empresa vem sendo feito em respeito à legislação e à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). As medidas visam, ainda, à saúde e ao equilíbrio financeiro da instituição.

Cortes

A decisão do governo que afeta alguns dos direitos trabalhistas dos empregados dos Correios foi motivada pela crise do novo coronavírus (covid-19). Os cortes ainda dependem de aprovação, mas devem reduzir o adicional de férias e o adicional noturno dos funcionários, além de diminuir os valores pagos na licença maternidade. A indenização por morte ou invalidez e o pagamento de multas também estão na lista de cortes. A economia seria de R$ 600 milhões, estima a companhia.

“É o pacote da maldade”, classificaram os funcionários, que tentaram negociar as medidas com a diretoria dos Correios, sem sucesso. Com a falta de consenso no diálogo, a categoria decidiu então adotar a greve por tempo indeterminado.

(Texto: Jéssica Vitória com informações do Poder 360)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *