Frigoríficos de MS retomam atividades com redução de 30% no abate

Frigorífico
Foto: Arquivo

Exportações para a China devem ser reativadas esta semana no país

Com produção reduzida em até 30% nas atividades de abates bovinos, os frigoríficos de Mato Grosso do Sul retomaram seus trabalhos. As unidades estavam paralisadas após a confirmação de dois casos de “vaca louca” em Mato Grosso e Minas Gerais. O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) chegou a afastar eventuais riscos sanitários no país, decorrentes da doença, afirmando que as ocorrências eram atípicas.

De acordo com o superintendente federal de Agricultura em MS, Celso Martins, os abates deste mês, no Estado, não correspondem ao desempenho comum para a época e alguns frigoríficos aderiram a férias coletivas ou suspensões. “Os abates estão abaixo da média prevista para essa época. Os frigoríficos de Nioaque, Iguatemi e Anastácio funcionam com férias coletivas. O de Coxim está paralisado”, informou.

Martins também avalia que a escala de compras relacionada à pecuária começou a evoluir. Com essas novas negociações e retomada das operações, espera-se que na próxima semana a situação se estabilize, como pontua o superintendente. Outro cenário de normalização deve ser percebido nas exportações para a China.

O país asiático suspendeu temporariamente os negócios com o Brasil para apurar os casos de “vaca louca”, conforme prevê o protocolo sanitário entre os dois países. Os chineses devem analisar nesta semana a documentação enviada para que as importações sejam retomadas.

Casos atípicos

Para o caso de Minas Gerais, a ministra Tereza Cristina havia afirmado que a confirmação da doença no animal é algo pontual. A gestora-chefe do Mapa disse que não há motivos para preocupação, pois até mesmo a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) descartou possíveis riscos.

Segundo o Mapa, a constatação de “vaca louca” no país se deu durante a inspeção ante-mortem. Os animais relacionados apresentavam idade avançada, eram vacas de descarte e estavam em decúbito nos currais. Ainda de acordo com o órgão federal, somente cinco casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípica foram registrados no Brasil.

Acordo sanitário

As exportações da carne bovina para a China foram suspensas desde o dia 4 com previsão de paralisação de dez dias nas vendas externas. A expectativa é de que nesta semana a situação seja resolvida. A decisão se deve ao acordo sanitário entre o Brasil e os chineses, que estabelece interrupção imediata na comercialização do produto em casos como os identificados por aqui. O restabelecimento das negociações depende da análise do relatório enviado pelo Brasil ao país asiático.

 

(Texto de Felipe Ribeiro)

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