O ataque ocorreu na Escola Estadual Dr. Marco Aurélio, aproximadamente às 8h. As informações iniciais seriam de que uma professora também foi atingida, mas a polícia esclareceu que a educadora conseguiu fugir ao se esconder em uma sala de aula.
As vítimas foram socorridas e levadas ao Hospital Municipal. Uma das vítimas teve ferimentos nas costas, rosto e mãos. O estado das outras vítimas é considerado regular. O adolescente suspeito foi apreendido e encaminhado para a delegacia local. As atividades escolares na unidade foram suspensas até o dia 14 de abril.
Também nesta terça, a Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Rio Verde, identificou e apreendeu o responsável por um perfil que fazia ameaças de massacre em duas escolas públicas de Rio Verde. Trata-se de um adolescente de 16 anos. Nas postagens, segundo a Secretaria de Segurança Pública, o menor afirmava que mataria pessoas em duas escolas. O adolescente ainda postava foto de armas, causando pavor em pais, alunos e professores, ressalta a secretaria.
O aparelho celular que ele usava para acessar as redes sociais e publicar as ameaças foi apreendido.
A pasta da segurança afirmou que as forças policiais de Goiás estão com máxima atenção e trabalham nas redes atrás de pessoas que possam praticar ou fomentar esse tipo de atentado, em especial o Batalhão Escolar e a Delegacia de Crimes Cibernéticos.
Na segunda (10), Polícia Civil de Goiás cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de um menor de 14 anos de idade que incitava e fazia apologia a crimes de massacres em escolas. A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos cumpre hoje quatro mandados de busca e apreensão em Goiânia e Rio Quente.
O crime acontece 15 dias após o ataque na escola Thomazia Montoro, em São Paulo, onde um adolescente matou uma professora.
Ataques pelo país
De acordo com mapeamento da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) sobre casos de ataques em escolas por alunos ou ex-alunos, o primeiro episódio foi registrado em 2002. À época, um adolescente de 17 anos disparou contra duas colegas dentro da sala de aula de uma escola particular de Salvador. O levantamento da Unicamp deixa de fora episódios de violência não planejados, que podem ocorrer, por exemplo, em decorrência de uma briga.
Foram listadas 22 ocorrências desde 2002, sendo que em uma ocasião o ataque envolveu duas escolas. Em três episódios, o crime foi cometido em dupla. Em cinco, os atiradores se suicidaram na sequência. Ao todo, 30 pessoas morreram, sendo 23 estudantes, cinco professores e dois funcionários das escolas.
Do total de casos, 13 (mais da metade) estão concentrados apenas nos últimos dois anos.
Nos Estados Unidos, onde massacres produzidos por jovens em escolas ocorrem há mais tempo e com mais frequência, um levantamento realizado pelo jornal Washington Post mapeou 377 incidentes desde 1999. Considerando somente 2021 e 2022, foram 88, quase um quarto do total.
No Brasil, de acordo com o mapeamento da Unicamp, os ataques registrados desde 2002 aconteceram em 19 escolas públicas, entre estaduais e municipais, e em quatro particulares.
Com informações da Folhapress e Agência Brasil.