“Eu nunca vou esquecer o que foi tirado de mim”, diz viúva de motorista de aplicativo

Karinne Peireira Baron, viúva de Rafael Baron, esperou um ano e seis meses para que o assassino do marido fosse julgado, mas saiu do Tribunal de Justiça, nesta terça-feira (17), entristecida por conta da pena que considera baixa para o homem que tirou a vida do companheiro e pai do filho dela. Nesta terça-feira (17), Igor César de Oliveira sentou no banco dos réus e foi condenado a 18 anos de prisão por matar o motorista de aplicativo no dia 13 de maio de 2019, no Jardim Campo Nobre, em Campo Grande.

“Eu esperava bem mais pela gravidade do acontecido. Nada vai trazer o Rafael de volta, mas precisava de mais justiça”, disse Karinne em entrevista para o jornal O Estado Online. Apesar disso, a viúva se sente aliviada pelo júri ter considerado todas as qualificadores. Igor foi condenado a 15 anos de reclusão por homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo torpe, além de três anos de prisão por porte ilegal de arma de fogo.

Por conta da pandemia, ela não pôde acompanhar a audiência e precisou esperar do lado de fora. Karinne acredita que o fim do julgamento é um ponto final para um recomeço, mas afirma: “eu nunca vou conseguir esquecer o que foi tirado de mim”.

Com o filho de três anos, a viúva busca forças para criar a criança com a ajuda da família e sempre fala do marido com muito amor e admiração. “Eu espero que eu e meu filho possamos seguir nossas vidas sempre lembrando que o Rafael era um bom pai e um bom marido. Que eu possa criar meu filho para ser um homem digno”, finalizou.

O caso

Rafael Baron era motorista de aplicativo e, no dia do crime, fez uma corrida para Igor e a companheira dele que estava grávida de quatro semanas. Após a viagem, Igor atirou contra a vítima. Na época, ele fugiu e se apresentou à polícia três dias depois. O assassino alegou que matou o motorista por ciúmes, já que Rafael teria conversado com a esposa dele.

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