O Governo do Estado vacinou na tarde desta segunda-feira (18), durante cerimônia simbólica no pátio do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), as primeiras pessoas de MS contra a Covid-19.
No grupo estão a indígena Domingas da Silva, de 91 anos, a moradora do Asilo São João Bosco, Maria Bezerra de Carvalho, 83, e o médico Márcio Estevão Midom, 43. No evento, a auxiliar de enfermagem Sandra Maria de Lima, 50, também foi bonificada com a imunização.
Conversando com a imprensa, Márcio contou como se sente em relação ao marco especial. ‘’Ser o primeiro a ser vacinado é uma honra, uma oportunidade única. Todos da nossa categoria estão animados e esperançosos para que possamos contornar tudo isso. Diria para a população não ter medo ou receio e aderirem a vacinação.’’
‘’Vimos muito sofrimento, muita angústia. Nos colocamos no lugar do paciente, dos familiares, e com empatia tentamos ajudá-los da melhor forma possível. Tenho grande esperança que a gente possa reverter toda essa situação do enfrentamento da pandemia e salvar vidas’’ ressalta.
‘’Acredito que o número de internações diminuirá quando uma parcela da população for vacinada, sem dúvidas. Temos a expectativa que a vacina possa reduzir o número de internações de pacientes em estados graves’’ finaliza.
A diretora do HRMS tirou algumas dúvidas sobre a imunização. ‘’Em relação a porcentagem da eficácia da vacina e com o número de internações em Mato Grosso do Sul, uma coisa bem comentada, é que a vacina pode não curar a doença ou impedir que você a tenha, mas ela vai impedir que você fique em estado grave a ponto de ser internado ou, em alguns casos, você morra. Isso é muito importante.’’
‘’Precisamos de um pouco mais de paciência, não temos ainda vacina para o povo. É o momento de prudência e esperar um pouco mais. Se deus quiser, o número de internações começará a cair a partir da imunização dos grupos de riscos’’ explica.
‘’A gente tem a consciência de que não teremos todas as doses necessárias neste momento. O que a gente tem observado é que mais vacinas serão produzidas e que, neste primeiro semestre, os grupos de riscos estarão imunizados‘’ concluiu.
Na mesma tarde, a cacique da Aldeia Tereré Ana Batista, 47, representou a anciã da sua comunidade que também é grupo de risco. ‘’O sentimento é de agradecimento, e que Deus possa trazer a vacina para o nosso Estado e para o Brasil, para que possamos ter confiança. Dentro da nossa comunidade, por exemplo, nós sofremos muitas perdas.’’
‘’Estamos vendo a situação de Manaus, é triste. A nossa comunidade também já passou por isso, mas graças a Deus não tivemos muitas perdas. Eu presenciei famílias que não puderam se despedir , então se deus quiser tudo isso vai passar e nossa vida possa melhorar. Estou muito feliz’’ ressalta. Veja mais.
(Texto: João Fernandes com Jéssica Vitória)