“Esse livro fala de laços familiares. Contando a origem de Mônica desde a história de sua avó que foi uma mulher empreendedora, e mãe solteira. Quem narra em diário é Estrela, a mãe de Mônica”, explica a escritora Melissa Mecenas Oshiro, 40 anos, que lança seu segundo livro “Mônica” seis meses depois do primeiro, “A Lenda das Mulheres Proibidas”. O evento acontece nesta sexta-feira (24), das 16h às 20h, na Associação Nipo Brasileira, Rua Antônio Maria Coelho, 1068.
“Mônica” não é uma ficção sobrenatural, mas também é centrado no amor vindo da identificação dos leitores com a família de três mulheres totalmente diferentes (Mônica, a neta, Estrela, a mãe e Dominike, a avó) trazendo diversas nuances das dificuldades da convivência, da vida, reforçando este laço entre elas e da luta feminina.
Melissa fala da diferença justamente da diferença entre seus dois livros. “Em ‘A Lenda das Mulheres Proibidas’, as mulheres possuem um poder sobrenatural que tem por destinatário o homem que possui o coração delas. Um poder capaz de transformar o mundo. Já em ‘Mônica’, três mulheres comuns descobrem dentro de si um poder imanente. Em ambos os livros, elas se vêem em situações de perigo, violência e manipulação. E em ambos os casos, precisam encontrar o verdadeiro poder: o da liberdade de escolha, achar esperança onde não há, paz e amor por si mesmas antes de tudo, e entender que a transformação do mundo começa por elas mesmas. Os dois falam de amor, o maior poder de todos!”, revela a autora.
Intuito
O livro é para todas as idades e foi escrito logo que Melissa, ex-dekassegui, chegou do Japão, em 2009-2010. Criei a personagem Mônica com o intuito de falar sobre a vida. Mas logo que comecei a escrever pensei em como seria sua família: mãe e avó maternas. Por ter recentemente perdido minha avó (2009), devo ter sido motivada inconscientemente a escrever sobre essa relação familiar. Assim, a história se transformou em uma história de família de mulheres”, conta a escritora.
“Mônica” se desenrola em cidades fictícias como um registro em diário de Estrela, uma das personagens principais, misturando com narrativa em terceira pessoa. A história é sobre avó, filha e neta, seus dramas, lutas, desafios e vitórias. Este livro surgiu com Melissa acordada. Isto é frisado porque “A Lenda das Mulheres Proibidas” nasceu de um sonho da autora. O primeiro é uma ficção medieval e este um drama/romance.
“A diferença em escrever o primeiro livro(A lenda das mulheres proibidas) e o segundo é que o primeiro nasceu de um sonho, ou seja, de um insight, e o segundo, de uma construção diária. Em Mônica, primeiro tive a ideia do assunto a abordar e depois fui criando os personagens. Já no primeiro livro publicado(A lenda), eu já tinha os personagens principais logo que acordei do sonho. Mas, na verdade, A lenda das mulheres proibidas não foi o primeiro livro que comecei a escrever, apenas foi o primeiro que concluí.”, explica.