Após reunião com representantes do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e das escolas públicas e privadas, ontem (15), ficou decidido que as aulas nas escolas particulares vão retomar de forma presencial, como no ano passado, obedecendo às normas de biossegurança. Além disso, também foi discutido o formato híbrido na rede pública de ensino.
Para as escolas particulares, entre as regras está a capacidade de 30% de lotação nas salas de aula e o respeito ao distanciamento de 1,5 metro. Cada escola vai seguir o próprio calendário para o retorno do ano letivo.
Segundo a promotora de justiça Vera Cardoso Vieira, coordenadora do Grupo Especial de Atenção à Educação, a REE (Rede Estadual de Ensino) também já tem previsão de retorno. O calendário escolar está previsto para começar no dia 1º de março no sistema híbrido, com revezamento de alunos presencialmente nas escolas e on-line.
Já a Reme (Rede Municipal de Ensino) ainda não confirmou o retorno presencial, mas a previsão é de que as aulas comecem no dia 8 de fevereiro de forma remota, ou seja, pela internet. Após um mês, o ensino passa a ser híbrido, com algumas turmas nas aulas presenciais.
Para a promotora Vera, o MPMS está de acordo com esse retorno. Ela afirma que a volta é necessária, mas com responsabilidade e respeitando o plano de biossegurança. “O que nós não podemos é ficar mais um ano com crianças e adolescentes dentro de casa sendo que há possibilidade desse retorno híbrido”, ressaltou.
A promotora de justiça e coordenadora adjunta do Grupo de Atuação Especial da Saúde, Filomena Flumin-ham, explicou que o MPMS entende que a saúde está em um momento crítico, mas que, no ano passado, as escolas municipais e estaduais trabalharam para elaborar o plano de biossegurança.
“Há uma preocupação grande no sentido de que sabemos que a estrutura e os recursos humanos das escolas particulares são superiores ao das escolas públicas, mas tanto o Estado quanto o município tiveram todo o ano de 2020 e muitas reuniões, realizadas inclusive no Ministério Público, para que fossem construídas essas soluções”, finalizou. Mais notícias relacionadas.
(Texto: Mariana Ostemberg)