Equipes cercam Parque do Taquari com aceiros para evitar mais incêndios

As equipes que atuam no combate ao incêndio florestal no Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari conseguiram construir aceiros para evitar que o fogo atinja a região Sul da unidade de conservação. Os aceiros são corredores sem vegetação na floresta e servem como muralhas que impedem a transposição das chamas, dessa forma limitando o espaço do incêndio.

O trabalho é feito com ajuda de maquinário pesado (tratores, pás carregadeiras, caminhões pipas) e pelo menos 32 pessoas estão envolvidas diretamente no trabalho de combate aos focos de incêndios, incluindo bombeiros, servidores do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e voluntários arregimentados pelas prefeituras de Alcinópolis e Costa Rica.

“As equipes trabalham até meia noite, uma hora da manhã, e às 6h já estão a postos. Estamos com força máxima e fazendo o impossível para evitar danos maiores ao parque. O fogo está cercado e limitado a uma região de furnas, com acesso impossível pelo chão e pelo ar”, disse o diretor presidente do Imasul, André Borges, que esteve no local para acompanhar de perto os estragos e os trabalhos. Acompanharam André, o coronel Francimar, comandante do Corpo de Bombeiros no interior; o gerente das Unidades de Conservação do Imasul, Leonardo Tostes Palma e o gerente de planejamento e reconstrução da Defesa Civil/MS, Sandoval Leonardo Junior.

O fogo começou no município de Alto Taquari, no Mato Grosso, e atingiu a região norte do parque. A baixa umidade do ar (ontem estava em 12% na região) aliada a altas temperaturas com sensação térmica acima de 40º criam o ambiente perfeito para a propagação das chamas. Até a manhã da quarta-feira, estima-se que 2 mil hectares do parque já haviam sido queimados.

O Parque Estadual das Nascentes do Rio Taquari se estende por uma área de 30.618 hectares abrangendo os municípios de Alcinópolis e Costa Rica. Trata-se de um importante corretor biológico entre o Cerrado e o Pantanal e guarda ainda sítios arqueológicos com vestígios de 11 mil anos atrás, como pinturas rupestres nas paredes das cavernas. O Parque é habitat de milhares de espécies animais e vegetais do Cerrado, serve de base para pesquisas científicas e turismo de contemplação.

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