Em MS, renda da população 1% mais rica é 24,7 vezes maior que os 50% mais pobres

Foto: Reprodução/Agência Brasil
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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (11), a PNAD Continua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua)  – Rendimento de todas as fontes 2022, levantamento nacional que investiga, regularmente, informações sobre os rendimentos provenientes de todos os trabalhos e de outras fontes não oriundas do trabalho das pessoas residentes no Brasil.

A análise da concentração de renda por meio da distribuição das pessoas por classes de rendimento domiciliar per capita mostrou, em 2022, que as pessoas de MS que estavam no último percentil de rendimento, ou seja, aquelas que faziam parte do 1% da população com rendimentos mais elevados recebia R$ 17.320.

O número é 24,7 vezes o rendimento da metade da população com os menores rendimentos (cujo rendimento médio mensal real era R$ 701). Esta razão era de 28,7 vezes em 2012 e de 26,9 vezes em 2019.

Com o aumento significativo da ocupação e o pagamento de valores mais altos aos beneficiários do Auxílio Brasil, em substituição ao Programa Bolsa Família, em 2022 esta razão caiu para os já citados 24,7 vezes.

Cerca de 63% da população de MS tinham rendimento em 2022

Em 2022, foram estimadas 2,79 milhões de pessoas residentes em Mato Grosso do Sul, ante 2,49 milhões em 2012. Do total de pessoas residentes em MS em 2022, 1,76 milhão (62,9%) possuíam algum tipo de rendimento. O estado apresentou o 9ª maior percentual entre as Unidades da Federação, sendo o maior percentual no RS (69%) e o menor no AM (50,9%).

MS tem o 6º maior rendimento médio real de todas as fontes

Observando-se a série histórica, de 2012 a 2019, o rendimento médio real de todas as fontes teve crescimento de 13,1% (de R$ 2.589 para R$ 2.928). Com a pandemia, o rendimento de todas as fontes teve redução de 5,4% em 2020 e 4,8% em 2021.

No entanto, em 2022, este apresentou aumento de 8,3%, fechando a série em R$ 2.854, valor 10,2% maior que o do início da série em 2012.

Com este valor do rendimento médio mensal real de todas as fontes (R$ 2.854), MS teve o 6º maior valor entre as Unidades da Federação, sendo o maior rendimento registrado no Distrito Federal (R$ 4.474) e o menor (R$ 1.529), no MA. O valor do rendimento médio nacional em 2022 foi de R$ 2.533.

Rendimento de todos os trabalhos cresce 6,6% em relação a 2021

Em Mato Grosso do Sul, o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência) foi estimado em R$ 2 982 em 2022, recuperando-se em relação ao ano anterior.

Considerando a série histórica, o rendimento habitual de todos os trabalhos teve crescimento de 6,2% entre 2012 e 2019 (de R$ 2 726 para R$ 2 895), aumentando novamente no primeiro ano da pandemia (2020) quando atingiu o valor de R$ 2 951.

No entanto, o rendimento do trabalho caiu 5,2% entre 2020 e 2021, mas obteve recuperação entre 2021 e 2022 crescendo 6,6%. Assim, no ranking entre as UFs, MS ficou na quinta melhor posição, sendo superada somente pelo DF, com R$ 4 400, SP, com R$ 3 254, RJ, com R$ 3 207 e SC, com R$ 3 030. Acesse também: Em apenas 4 meses, mais de 60 toneladas de carne e laticínios impróprios foram apreendidos em MS

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