“É de suma importância que a população fique atenta e se vacine”, diz secretário sobre bivalente

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Foto: Reprodução

Segundo cronograma do Ministério da Saúde, a campanha nacional começa dia 27 de fevereiro

Em Mato Grosso do Sul a campanha de vacinação do imunizante bivalente da Pzifer será iniciada assim que as doses chegarem ao Estado, conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde). Tendo em vista os números ainda expressivos de casos de COVID-19, o secretário estadual de Saúde, médico Maurício Simões, falou sobre a importância de manter a vacinação, e do comprometimento da população em procurar pelas doses de reforço.

“É de suma importância que a população fique atenta e se vacine com essas doses de reforço que vêm sendo criadas. Mato Grosso do Sul espera receber o quanto antes os lotes da bivalente, para que o grupo prioritário seja vacinado em breve. A COVID-19 ainda não acabou e, mesmo diante tantos avanços, é importante cautela e utilizar do que temos: a vacina”, pontuou o secretário.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informa que a primeira fase da campanha vai ser para atender idosos com 70 anos ou mais, imunossuprimidos e pessoas que vivem em Institutos de Longa Permanência. O plano de vacinação contra COVID-19 para 2023 foi divulgado na quinta-feira (26), pelo Ministério da Saúde. O órgão pretende começar a aplicar as doses de reforço com os imunizantes bivalentes da Pfizer, a partir do dia 27 de fevereiro.

Podendo ser tomada apenas depois de três meses da última aplicação das monovalentes – 1ª e 2ª dose ou as duas doses de reforço –, os imunizantes bivalentes foram produzidos para combater as subvariantes mais recentes da ômicron, sendo elas as BQ1 e XBB 1.5.

Para o médico infectologista Rodrigo Coelho, é perceptível a queda na gravidade dos casos da COVID-19, contudo ainda é preciso combater o vírus e suas mutações. “Assim como a H1N1 e influenza sofrem mutação, a COVID tem essa característica de fazer variações. A partir disso, as indústrias precisam se adaptar também, produzindo reforços que combatam as novas cepas. Os bivalentes representam exatamente isso”, salientou à reportagem.

Questionado sobre se a vacina bivalente da Pfizer pode se tornar única no mercado, o infectologista voltou a reforçar sobre as mutações, que, à medida que vão surgindo, precisam ser combatidas por novos imunizantes. “Não tem jeito, é preciso atualizações por parte da saúde, se adequar também, assim como o vírus se reinventa. Acredito que outras vacinas vão aparecendo conforme o vírus for produzindo variantes. Apesar da queda na gravidade dos casos, pacientes com comorbidades, idosos, entre outros casos, devem sempre buscar por esses imunizantes disponíveis a fim de inibir qualquer chance de um quadro mais grave da doença”, finalizou o médico.

Boletim epidemiológico

Mato Grosso do Sul registrou seis mortes e 986 novos casos de COVID-19 na última semana. Os dados fazem parte do boletim da SES, divulgado na última terça-feira (24). Dos óbitos, dois são de Campo Grande e os demais de Aquidauana, Aparecida do Taboado, Anaurilândia e Paranaíba.

Todas as vítimas foram de pessoas acima de 60 anos, sendo que duas não apresentavam qualquer comorbidade. Elas faleceram entre os dias 16 e 21 de janeiro deste ano, em decorrência da doença.

Já em relação aos novos casos, a Capital lidera a lista com 136 ocorrências, seguida por Ivinhema (62), Sete Quedas (62), Chapadão do Sul (58), Camapuã (55), Aparecida do Taboado (45), Naviraí (33), Dourados (32), Coxim (30) e Sonora (29). Ao todo 61 municípios registraram casos de COVID nesta semana.

Atualmente, 40 pessoas estão internadas em decorrência da doença, sendo 27 em leitos clínicos e 13 em leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Em isolamento domiciliar, estão 1.647 pessoas.

Vacinação

Em MS, completando dois anos de vacinação contra a COVID-19, o Estado atingiu a marca de seis milhões de doses aplicadas. Conforme dados do “vacinômetro”, do início da vacinação até o momento, em Mato Grosso do Sul, 2.265.615 tomaram a primeira dose, 257.986 se imunizaram com a dose única, 1.978.426 tomaram a segunda dose.

Já quanto às doses de reforço disponibilizadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o boletim mostrou que 1.194.753 foram imunizados com a primeira dose de reforço e apenas 298.950 receberam o segundo reforço.

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS.

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