Dois casos suspeitos de Febre Maculosa estão sendo investigados em Dourados, município a 224 quilômetros de Campo Grande, conforme informações da Secretária de Saúde da cidade divulgadas nesta segunda-feira (26).
Os suspeitos são monitorados pelo CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) de Dourados. Um dos casos é de uma mulher de 23 anos e o outro de uma criança de quase três. Os dois moram em área urbana, não são parentes e estão em tratamento em casa, por meio de equipes de atenção primária.
Segundo a nota técnica do município, o último caso confirmado de Febre Maculosa Mato Grosso do Sul, foi em 2018, mesmo ano em que Dourados apresentou dois casos suspeitos, porém sem confirmação.
“Foram feitos todos os protocolos iniciais de atendimento indicados pelo Ministério da Saúde como notificação, coleta de sangue e receituário. Apenas a criança ficou dois dias internada na UPA por causa do medicamento endovenoso e já está bem”, explica Emerson Eduardo Correa, gerente da Vigilância Epidemiológica.
Febre Maculosa
A febre maculosa é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia e que é transmitida pela picada de carrapato infectado, principalmente pelo carrapato estrela. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, mas por meio da picada do carrapato. Por isso, para preveni-la, o ideal é evitar estar em locais onde haja exposição a esses bichos ou adotar algumas medidas para quando estiver visitando alguma dessas regiões silvestres, de mata, fazendas, trilhas ecológicas ou de vegetação alta.
O Ministério da Saúde indica que, ao visitar uma dessas regiões de maior risco, a pessoa utilize roupas claras, que ajudam a identificar mais rapidamente o carrapato, que tem cor escura. Também é importante usar calças e blusas com mangas compridas e utilizar botas. Se possível, deve-se prender a barra da calça à meia com fita adesiva. Outra medida importante é evitar carrapatos nos animais de estimação.
Caso encontre carrapatos aderidos ao corpo, é importante que a remoção seja feita com uma pinça, e não com os dedos. Também é importante não encostar objetos aquecidos ou agulhas para retirar o bicho. “Não aperte ou esmague o carrapato, mas puxe com cuidado e firmeza. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água. Quanto mais rápido retirar os carrapatos do corpo, menor será o risco de contrair a doença”, informa o ministério.
Após o uso, todas as peças de roupas devem ser colocadas em água fervente para a retirada dos carrapatos.
Sintomas
Os sintomas da doença estão relacionados frequentemente à febre, dor pelo corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas, quadro muito parecido com os sintomas de dengue e de leptospirose. Por isso, é importante que, ao chegar a uma unidade de saúde, o profissional seja informado de que a pessoa esteve em região de risco para a doença ou com incidência de carrapatos.
A procura pelo serviço médico deve ocorrer rapidamente, assim que surgirem os primeiros sintomas da doença, que costumam aparecer entre 2 e 14 dias após a picada pelo carrapato infectado.
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