Hoje (7) é comemorado o dia do Jornalista, aquele que é responsável por apurar, investigar, redigir e informar notícias, reportagens e entrevistas, por meio de canais como a Internet, o jornal, o rádio e a televisão. Porém, mesmo tendo um trabalho tão importante para a sociedade, o jornalista sofre diversos ataques e violências em seu dia a dia.
Segundo dados levantados pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), em 2021 ocorreram cerca de 430 casos de violência contra os profissionais, um recorde desde que foi iniciado os registros na década de 90. Esses dados são baseados nas denúncias feitas à Fenaj, mas o número pode ser maior, considerando que muitos não denunciam as agressões. Já a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV), divulgou um relatório em que mostra que 230 profissionais da imprensa foram vítimas de violência em 2021, incluindo ofensas, agressões físicas, atentados e intimidações.
Em relação a ataques feito contra jornalistas mulheres, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) divulgou por meio do relatório “Violência de gênero contra jornalistas” que o número de casos chegou a 119 no ano passado. Desse número, 38% foram ataques de gênero, e tendo como alvo a moral e reputação (32 casos), ataques homofóbicos (8) e ataques transfóbicos (1). A maioria dos ataques (60%) tiveram como motivação a editoria de política, e cerca de 52% dos agressores foram identificados como agentes do Estado.
Vale ressaltar também, que o Brasil ficou em 111° lugar no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa, feito pelo Repórteres Sem Fronteiras, organização internacional, quanto mais baixa a posição, mais difícil é considerado o trabalho do jornalista Desde 2002, essa foi a pior posição de nosso país no ranking.