Mesmo com a abertura de novos leitos clínicos em Campo Grande, 56 pacientes com COVID-19 que estavam em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), na terça-feira (16), aguardando por vagas em hospital. Segundo a promotora de justiça da Saúde, Filomena Fluminhan, essa situação “até então não tinha sido vivenciada na Capital”.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) afirma que esforços estão sendo feitos para a ampliação de vagas nos hospitais, porém, não há previsão para a implementação de mais leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), essenciais para quem se encontra em uma situação grave por conta da doença. Ainda conforme o MPMS, essas pessoas que aguardavam por um leito foram distribuídas para diversas unidades hospitalares como Hospital de Câncer, Hospital Universitário, Maternidade Cândido Mariano, El Kadri, Clínica Campo Grande e Santa Casa.
No mesmo dia, 19 pacientes que estavam no Hospital Regional, referência para o tratamento da COVID-19, também precisaram ser encaminhados para outras unidades. Com tanta demanda, a Capital não consegue atender os pacientes que aguardam por vagas no interior. “Muitos pacientes de todas as macrorregiões, com exceção de Corumbá, já aguardam transferência para Capital. Isso é um impacto muito grande que Campo Grande não está conseguindo absorver”, explicou Fluminhan.