Cotados a disputar vaga ao Senado somam mais de dez em MS

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Apenas uma cadeira no Congresso estará em jogo, o que dificulta a vitória

Em 2022, Mato Grosso do Sul tem direito a uma vaga no Senado Federal já que termina o mandato da senadora Simone Tebet (MDB). Com isso, possíveis candidatos à Casa Legislativa já começam a emoldurar interesses em partidos do Estado. Por enquanto, conversas de bastidores enumeram dezenas de possíveis postulantes ao cargo.

A própria Simone já declarou que oficialmente disputa novamente o cargo, mas, ao mesmo tempo, aguarda uma decisão da cúpula nacional do MDB, que vem cogitando lançá-la como pré-candidata a presidente da República. Pelo partido, também existem nomes como o de Waldemir Moka, que já ocupou o Parlamento, e até mesmo do ex-ministro Carlos Marun.

Questionado, Marun afirmou ao jornal O Estado que ainda não sabe se pretende disputar cargos políticos ano que vem. “Eu ainda não decidi se retomo minha vida eleitoral. Se a eleição fosse este ano certamente não disputaria. Estarei ajudando o André, mas não sei se como candidato.”

O Progressistas quer convencer a ministra Tereza Cristina, que está no DEM, a migrar de partido e se lançar ao Senado. A ministra já afirmou que deseja concorrer ao cargo e tem apreço ao presidente regional do Progressistas, o deputado Evander Vendramini, caso decida migrar para a sigla. Outro que pode tentar o Senado é o deputado Coronel David que está sem partido e deve se filiar ao PP caso o presidente Jair Bolsonaro escolha a sigla. 

Pelo DEM, se houver a saída de Tereza um nome forte é o do vice-governador Murilo Zauith, já que o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta é cotado à Presidência da República.

O PSDB pode ter a candidatura do governador Reinaldo Azambuja, que termina o mandato e apoia a pré-candidatura do secretário Eduardo Riedel a governo. Azambuja já foi questionado diversas vezes pela imprensa, mas evita confirmar se tenta vaga no Congresso Nacional. Como o partido é grande, dispõe de diversos nomes de peso e a escolha deve ocorrer mais à frente.

Pelo PT, o pré-candidato também é uma incógnita, apesar de haver políticos conhecidos como o deputado federal Vander Loubet e o deputado estadual Pedro Kemp, ou mesmo Zeca do PT. Apesar disso, o presidente regional do partido, Vladimir Ferreira, disse que ainda não há um nome disposto ao Senado. 

“Iremos discutir essa questão de pré-candidato(a) ao Senado a partir de uma reunião que teremos dia 14 de agosto no diretório estadual. O certo é que iremos apresentar um nome ou no máximo a gente terá uma candidatura dentro do nosso campo [esquerda] que venha a apoiar nosso candidato a governo do estado. Mas não temos ainda uma definição.” 

Ainda sem partido, o procurador do Ministério Público Estadual Sergio Harfouche pode disputar o Senado como fez em 2018. Ele se saiu bem e teve 292.301 votos válidos. O promotor ficou conhecido em todo o Estado pela defesa dos direitos da criança e do adolescente, visando à disciplina na escola e na família em âmbito educacional. Em 2020, Harfouche disputou a Prefeitura de Campo Grande. 

Outro nome que pode disputar o Senado é do engenheiro Marcelo Miglioli. Ele teve 347.861 votos em 2018, quando disputou pelo PSDB. Miglioli é conhecido no Estado e já foi secretário em duas gestões de governadores. Além disso, disputou pelo Solidariedade a Prefeitura de Campo Grande em 2020.

O presidente da Cassems, Ricardo Ayache, que também é presidente regional do PSB, já deu sinais de que pode tentar a vaga durante entrevista há alguns meses ao jornal O Estado, porém nada oficial.

Pelo PC do B, o advogado Mario Fonseca, que disputou em 2018 e chegou a ter 30.619 votos válidos, é uma opção da sigla. O PSOL dispõe de nomes como da presidente do diretório municipal de Campo Grande, Cris Duarte, ou mesmo da ativista Agnes Viana. Outro partido pequeno, o PV, talvez lance Marcelo Bluma.

O Republicanos pode tentar engrenar novamente a pré-candidatura do vereador Gimar da Cruz, que em 2018 conseguiu alcançar 35.227 votos. Além dele, o partido conta com o nome do deputado estadual Antônio Vaz, por exemplo.

O Podemos também vem forte com campanha majoritária e para cargos federais, apesar de não se precipitar e indicar pré-candidatos ainda. O PSL pode tentar engrenar ao cargo o deputado Capitão Contar, por exemplo, pois a senadora Soraya Thronicke projeta concorrer ao governo do Estado. Até 2022 muita coisa pode mudar e o cenário ficar completamente diferente do aguardado e comentado nos bastidores.

(Andrea Cruz)

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