CoronaVac será distribuída à Capital e vacinação inicia em janeiro

O prefeito Marquinhos Trad anunciou que a vacina CoronaVac vai chegar ao município em 25 de janeiro do ano que vem, com a vacinação dos grupos prioritários no mesmo dia. Esta é a mesma vacina que a população de São Paulo receberá. O anúncio foi feito ontem (10), durante a soltura dos mosquitos Aedes aegypti que foram geneticamente modificados com a bactéria wolbachia, no Parque Ayrton Senna. “Falei por telefone com o Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, e eles estão apenas aguardando a autorização de emergência da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para começar a atender os municípios”, assegurou Marquinhos.

O município solicitou 200 mil doses da vacina pelo valor de R$ 50 cada, ou seja, serão investidos pelo menos R$ 10 milhões para a compra da vacina. “O plano ainda não está finalizado, mas vamos começar vacinando as pessoas com mais de 60 anos, algo em torno de 90 mil pessoas”, disse. Entretanto, Marquinhos revelou ainda que pessoas dos grupos prioritários que já foram infectadas pelo coronavírus serão excluídas. “Essas pessoas [que já foram infectadas] já têm anticorpos”, ressaltou.

A CoronaVac é desenvolvida em uma parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac, e é uma das quatro vacinas que estão sendo testadas no Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul. Atualmente, está na terceira e última fase de testes. O governo de São Paulo recebeu as primeiras doses em novembro. Porém, o acordo que foi firmado prevê a compra de 46 milhões de doses. Conforme o governo de São Paulo, serão destinadas 4 milhões de doses para venda a outros estados.

Além do prefeito de Campo Grande, o governador Reinaldo Azambuja anunciou nesta semana que vai adquirir o imunizante se não for distribuído pelo Ministério da Saúde. Em caixa, o Estado dispõe de R$ 100 milhões para a compra de 780 mil doses.

CoronaVac Em fase mais avançada, os estudos com a vacina CoronaVac, desenvolvida no país pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac, tem se mostrado segura, sem reações adversas nos voluntários, conforme a pesquisadora e infectologista Ana Lúcia Lyrio. Na Capital, 250 profissionais da saúde já receberam as doses do imunizante ou placebo. Em novembro, a revista científica “Lancet”, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da CoronaVac. Durante as fases I e II, com a participação de 744 voluntários na China, a vacina demonstrou resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.

A Sinovac já enviou ao Instituto Butantan 1,1 milhão de doses da CoronaVac. O último lote chegou no início deste mês. Além de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Distrito Federal realizaram testes em 13 mil profissionais da saúde desde outubro.

(Texto de Rafaela Alves e Dayane Medina com colaboração de Mariana Moreira)

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