Os consumidores de Mato Grosso do Sul vão pagar até 10,2% a mais pela conta de energia, dependendo da faixa de consumo, segundo cálculo do Conccen (Conselho de Cosnumidores da Energisa em MS). Isso porque, mesmo após ter afirmado em maio deste ano que os consumidores não seriam cobrados pela taxa extra em 2020, em razão da pandemia, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu, em reunião extraordinária realizada na última segunda-feira (30), reativar a sistemática de acionamento das Bandeiras Tarifárias em dezembro.
Para a faixa de consumo de até 50 kWh, o valor passa de R$ 0,68 a R$ 0,75. Variação de 10,29%. De R$ 0,83 a R$ 0,91 na faixa de 100 kWh (9,64%); de R$ 0,95 a R$ 1,02 na faixa de 200 kWh (7,37%); de R$ 0,96 a R$ 1,04 na faixa de 400 kWh (8,33%) e de R$ 1,00 a R$, 1,08 acima de 600 kWh (8%).
“Entendemos que a informação é fundamental para que o consumidor planeje o seu orçamento. Por isso mesmo, repudiamos a forma como a reativação das bandeiras ocorreu, antes do prazo informado inicialmente pela Reguladora e com decisão de um dia para o outro”, diz a presidente do Concen, Rosimeire Costa.
A bandeira vermelha Patamar 2 acrescenta R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. A adoção da bandeira vermelha em patamar 2 é uma sinalização dos custos da energia elétrica e que este mecanismo é adotado para evitar uma explosão na conta no momento do reajuste da energia elétrica, quando já vem com a inflação aplicada. “Isso porque quando os reservatórios estão com níveis baixos é preciso despachar as termelétricas que têm energia mais cara”, explica Rosimeire.
Segundo a agência, a medida se faz necessária pela queda no nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas e da retomada do consumo. O sistema funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração no país.
Quando a produção nas usinas está favorável, aciona-se a bandeira verde, sem acréscimos na tarifa. Em condições ruins, podem ser acionadas as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2.
(Texto: Michelly Perez e Izabella Cavalcante)
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