Gasolina tem maior alta em três semanas de reajuste consecutivo em MS
O consumo de combustíveis em Mato Grosso do Sul caiu 20% com o aumento dos preços de gasolina, etanol e diesel. Pelo menos, essa é a estimativa realizada pelo Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência), que também aponta queda maior na venda do produto no auge da pandemia.
Segundo o sindicato, existem vários fatores que colaboram para que o valor pago pelo combustível se mantenha em ritmo de alta. O diretor-executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência), Edson Lazarotto, explica.
“Devemos estar com uma queda de 20% em razão da pandemia e, também, por causa de a Petrobras ter elevado os preços do barril do petróleo, o que acaba influenciando. Além do etanol, que foi impactado por conta da safra comprometida. Tudo isso afeta o preço.”
Em Campo Grande, há postos que estão comercializando a gasolina por R$ 6,09 o litro. A média registrada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) já atinge R$ 5,89 na Capital. O preço mínimo encontrado na cidade foi de R$ 5,79.
No Estado, o cenário é menos vantajoso para o consumidor. Há municípios que estão cobrando R$ 6,75 por litro abastecido, como em Três Lagoas. Na cidade, não se encontra gasolina comum por menos de R$ 5,95. O mínimo registrado em MS também segue o mesmo padrão constatado na Capital e o máximo representa a maior alta em três semanas consecutivas, de 4,3%.
Segundo Lazarotto, o desempenho do varejo de combustíveis durante os períodos mais críticos da pandemia, quando das restrições mais rígidas, foi pior que o atual. “No pico da pandemia, a gente teve 40% de queda. Agora, a economia dá sinais de retorno à normalidade, as escolas estão voltando, as empresas estão retomando suas atividades. Então, começamos a sentir um impacto nas nossas vendas.”
O gestor do sindicato esclarece ainda que a entidade tem realizado deliberações a fim de conter os impactos
causados pelo aumento dos preços. “Está sendo uma briga com o governo federal para baixar os impostos. Também estamos negociando com o governo do Estado para cada um ceder uma parte e chegar a um patamar viável ao consumidor. Até agora, nós não recuperamos as vendas de antes da pandemia.”
Ranking de preços
No Brasil, o Estado do Rio Grande do Sul é a localidade onde foram registrados a gasolina comum e o etanol mais caros do país na última semana: R$ 7,18 e R$ 6,99, respectivamente. O gás de cozinha foi encontrado por R$ 135 em Mato Grosso, o maior preço entre os estados da Federação. O Acre ficou com o diesel mais alto, vendido a R$ 6,18.
(Texto: Felipe Ribeiro)