Em live, o ministro da pasta Marcos Pontes chamou o corte no Orçamento de 2021 de “estrago”
O Congresso Nacional aprovou na última semana, o projeto que retira R$ 600 milhões de recursos previstos para o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações) e destina o montante para o uso em outras áreas. O projeto atendeu a um pedido da equipe econômica do governo.
Na quinta-feira (7), o ministro Paulo Guedes enviou ofício à Comissão Mista de Orçamento do Congresso dizendo que o governo decidiu dividir os recursos com outros ministérios. Em live, o ministro do MCTI Marcos Pontes chamou o corte no Orçamento de 2021 de “estrago”.
Assim, foi aprovado que o MCTI receberá apenas R$ 89,8 milhões. Os recursos específicos para projetos de ciência e tecnologia, que seriam R$ 655,4 milhões, tiveram redução de quase 99% e caíram para R$ 7,2 milhões.
A produção de radiofármacos, que também fica sob a guarda do MCTI, receberia um reforço de R$ 34,5 milhões. Esse valor mais que dobrou e chegou a R$ 82,5 milhões. Com a autorização do Congresso, parte do recurso também será redistribuída a outras cinco pastas.
O Ministério do Desenvolvimento Regional receberá R$ 150 milhões para ações de proteção em áreas de risco. Outros R$ 100 milhões serão para integralizar cotas de moradia do Fundo de Arrendamento Residencial e R$ 2,2 milhões vão para obras de infraestrutura hídrica.
O Ministério da Educação vai receber R$ 107 milhões, para a concessão de bolsas de estudo no ensino superior e R$ 5 milhões para o desenvolvimento da educação básica.
Já o Ministério da Saúde vai ficar com R$ 50 milhões para saneamento básico. O Ministério das Comunicações receberá R$ 100 milhões para apoio a projetos de inclusão digital. Outros R$ 58 milhões serão para o Ministério da Agricultura, e R$ 28 milhões para o Ministério da Cidadania.
Enquanto isso, os benefícios concedidos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a policiais, bombeiros e membros das Forças Armadas vão custar cerca de R$ 27,7 bilhões aos cofres públicos até o fim de 2022. As informações são de levantamento do jornal Estado de São Paulo, divulgado em reportagem deste sábado, 18.
Os valores pagos as categorias durante a gestão Bolsonaro fazem parte de aumento de salários, cargos comissionados no Executivo e um programa habitacional.
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(Com informações da Folhapress)