Condenado por chacina há 20 anos, é preso em Campo Grande

Foto: Divulgação/PF
Foto: Divulgação/PF

Foi preso na madrugada desta terça-feira (13), em Campo Grande, um dos condenados pela Chacina de Unaí, crime ocorrido em 2004, quando auditores fiscais do trabalho e um motorista foram mortos à queima-roupa no município de Unaí, em Minas Gerais.

Conforme informações da Polícia Federal, as vítimas foram assassinadas em uma emboscada na zona rural da cidade. Eles investigavam denúncias de trabalho análogo a à escravidão.

O criminoso preso tinha mandado de prisão em aberto e no ato de prisão estava em posse de um passaporte falso. Além disso, ele já havia sido condenado a 96 anos de prisão, mas teve pena reduzida devido a um acordo de delação premiada.  Durante o julgamento, ocorrido em 2015, ele confessou a sua participação no crime.

Foram condenados pela justiça os quatro mandantes e os cinco executores da chacina. Atualmente, um mandante encontra-se foragido.

Em razão do crime, foi instituído o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo em homenagem aos Auditores-Fiscais do Trabalho que foram assassinados em 28 de janeiro de 2004, quando se deslocavam para uma inspeção em fazendas da região de Unaí (MG), episódio que ficou conhecido como Chacina de Unaí.

O preso, após realizar exame de corpo de delito, fica à disposição da Justiça.

A Chacina

O crime que ficou conhecido nacional e internacionalmente como Chacina de Unaí ocorreu em 28 de janeiro de 2004. Foram vítimas de emboscada na região rural de Unaí (MG) os Auditores- Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira. A fiscalização foi considerada pela Delegacia Regional do Trabalho de Minas Gerais (hoje Superintendência) uma operação de rotina, embora houvesse muitas denúncias de exploração de trabalhadores na região.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal fizeram as investigações e, em julho de 2004, anunciaram o desvendamento do caso, indiciando nove pessoas envolvidas como mandantes, intermediários e executores. O processo começou a correr no Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Belo Horizonte.

Acesse também as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *