Com movimento fraco, prefeitura acredita que vacinação da gripe segue até agosto

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Foto - Erasmo Salomão

Mesmo depois de aberta para toda a população, a vacinação da gripe segue fraca e bem abaixo do esperado em Campo Grande. Das 250 mil vacinas que recebeu para atender grupos prioritários, a prefeitura ainda está com 20 mil doses disponíveis em estoque, e por isso acredita que a imunização contra a influenza deve se arrastar até o próximo mês na Capital.

“A gente queria esgotar essas doses até o fim desta semana, mas tendo como base a procura nas unidades de saúde, acredito que levaremos pelo menos mais duas semanas para zerar isso”, afirma Veruska Lahdo, superintendente de Vigilância e Saúde do município.

No dia 6 de julho, a vacina da gripe ficou disponível para a população em geral. A ampliação aconteceu porque nenhum dos grupos preferenciais atingiu cobertura de 90%, meta recomendada pelo Ministério da Saúde. Mesmo assim, a empolgação veio apenas nos primeiros dias. “A vacinação foi boa só nos dois primeiros dias depois que abrimos para todos os moradores, depois, caiu novamente e a procura segue em baixa”, conta Veruska.

Para acabar com as vacinas que faltam, pela manhã, UBSs (Unidades Básicas de Saúde) vacinam apenas contra a gripe, abrindo para a imunização da COVID-19 somente no período da tarde. Além disso, 20 unidades ficam de plantão no sábado para atender moradores que não podem ir até os postos durante a semana.

“Ainda temos doses que precisam ser usadas. Importante reforçar que quem já tomou a vacina da COVID-19 pode tomar a da gripe depois de 15 dias. Quem está esperando a segunda dose também pode procurar uma unidade de saúde para se proteger”, finaliza a superintendente.

Segundo o último balanço divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), nenhum dos grupos prioritários conseguiu atingir a marca de 90% recomendada. Entraram na lista de prioridade profissionais das Forças Armadas, de segurança e salvamento, caminhoneiros, trabalhadores do sistema prisional, portuários, pessoas com comorbidades e deficiência permanente, crianças entre 6 meses e menores de 6 anos, idosos, trabalhadores da saúde, educação, gestantes e mulheres em até 45 dia após o parto.

Do grupo, as crianças tiveram melhor desempenho vacinal. Ao todo, foram 57.425 menores vacinados, um total de 87,58% da meta, que era imunizar 65.568 crianças. Em seguida, aparecem os idosos, com 69.620 vacinados, de um total de 80 mil, o que representa 86,94% da meta. Na terceira melhor posição, com 82,93%, os profissionais de saúde, que tiveram 19.167 dos 23.112 integrantes imunizados.

Nas piores colocações, trabalhadores de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e adolescentes que cumprem medida socioeducativa, que não atingiram nem 20% do desempenho de imunização esperado. (Clayton Neves)

 

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