‘Chegar até aqui já foi uma vitória’; torcida valoriza campanha do Flu

Torcida do Fluminense  se reúne no Bairro Tiradentes para assistir  semifinal de Mundial - Foto: Roberta Martins
Torcida do Fluminense se reúne no Bairro Tiradentes para assistir semifinal de Mundial - Foto: Roberta Martins

Tricolores reunidos na Capital lamentam eliminação, mas exaltam popularidade do clube longe do Rio

 

No bairro Tiradentes, região leste de Campo Grande, cerca de 50 torcedores do Fluminense enfrentaram a tensão da semifinal da Copa do Mundo de Clubes reunidos na sede da Flu Pantanal. O Tricolor, único representante brasileiro no torneio, perdeu por 2 a 0 para o Chelsea, em Nova Jersey, com dois gols de João Pedro, atacante revelado em 2019 pelo próprio Fluminense, agora estrela do time inglês, em seu primeiro jogo como titular.

Mesmo com a eliminação, o encontro foi prova de que a paixão pelo clube atravessa distâncias. Fundador da Flu Pantanal, o empresário Thiago Penna lembra que a torcida nasceu em 2013 para manter vivo o vínculo de quem deixou o Rio de Janeiro, mas não o time. “Meu pai é tricolor fanático, cresci indo ao Maracanã quando morava no Rio. Quando vim para cá, juntei quem também sente essa saudade”, explica.

Oficialmente filiada ao Fluminense, a Flu Pantanal tem 75 associados fixos e mais de 300 torcedores que frequentam a sede da torcida. “A gente faz caravana, leva bandeirão. Quando tem jogo no Centro-Oeste, tentamos ir. Ano passado fomos a Cuiabá. Na final da Libertadores também levamos faixa. Sempre tentamos nos fazer presentes para apoiar”, conta Thiago.

Na arquibancada improvisada, entre bandeiras, camisas autografadas e gritos de incentivo, a influenciadora digital Sabrina Feiteira resume o sentimento de quem escolheu torcer de longe. “O Fluminense é emoção. Sem sofrer não é Fluminense.Para ela, a sede também mostra que há muitos tricolores espalhados pela cidade. “Todo mundo acha que sou a única torcedora aqui. Não sou. Hoje tá todo mundo vendo o tamanho da nossa torcida.”

Além da Flu Pantanal, o empresário Renato Guimarães ajudou a criar outra torcida, a CGR Flu, que se uniu ao mesmo espaço, para assistir à partida. “Foi uma junção de grupos. Aqui a gente faz churrasco, decora, coloca bandeira. É irmandade. O Fluminense é tradição, é luta. Mesmo sem ser favorito, mostrou força para chegar até aqui e isso já foi uma vitória e tanto”, afirma.

Para os tricolores, a derrota não apaga o orgulho. “A gente não imaginava chegar tão longe, enfrentamos Inter de Milão, Al Hilal, passamos por cima de muita desconfiança. Nosso time é pequeno em investimento, mas grande em garra”, resumiu Thiago. “Ser Fluminense é isso: lutar até o fim e sair de cabeça erguida”, completou Renato.

Até chegar à semifinal, o Fluminense surpreendeu. Na fase de grupos, o time se classificou em segundo lugar do grupo F, com 5 pontos, atrás do Borussia Dortmund, com 7. Na primeira rodada, o carioca empatou sem gols com o clube alemão. Após, venceu o sul-coreano Ulsan por 4 a 2. Na última rodada, empatou com o Mamelodi Sundowns, time sul-africano.No mata-mata, bateu a Inter de Milão por 2 a 0 e superou o Al Hilal por 2 a 1.

Nesta quarta-feira (9), PSG e Real Madrid decidem quem enfrenta o Chelsea na final do Mundial de Clubes. A final acontece no domingo (13), às 15h. O torneio não tem disputa de terceiro lugar, segundo a Fifa, para que clubes e atletas que não chegaram à final possam retornar mais rapidamente aos seus compromissos.

 

Por Mellissa Ramos

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