Capital registra 54 casos de dengue nos oito primeiros dias do ano

A dengue tem sido motivo de preocupação por parte dos agentes de saúde da Capital. Há dois dias intensificando o monitoramento nos bairros de Campo Grande, a equipe de imóveis especiais da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) coletou cerca de 35 larvas que podem ser do mosquito Aedes Aegypti. Entre os 12 imóveis abandonados que foram vistoriados na última quinta-feira (9), estava um antigo Emei (Escola Municipal de Educação Infantil). Em todo o janeiro de 2019, mais de 1.500 casos da doença foram notificados, além de um caso de zika vírus.

Um balanço parcial realizado nesta semana aponta que, na Capital, houve 54 casos de dengue notificados do dia 1 até o dia 8 de janeiro. Segundo a assessoria da Sesau, um caso está sendo investigado para confirmação. O exame médico para diagnosticar se o paciente apresenta a doença leva em torno de 10 a 15 dias para ficar pronto, mas estes casos já são tratados como dengue.

A chefe de serviço de Controle de Vetores, Rosana Mercado, explica que os focos encontrados nos locais fiscalizados seguem para análise no laboratório de entomologia da própria coordenadoria de vetores. ““Houve inspeção em uma obra de Emei que estava com foco em caixas de passagem e na laje, que foi desobstruída para escoamento. Todos os locais registrados vão ser encaminhados para que a prefeitura notifique os proprietários das obras abandonadas””, explica gerente.

Água parada nos vasos é arma contra o mosquito

Colocados estrategicamente em lugares onde há focos do mosquito, os vasos de plantas com água parada, conhecidos como ovitrampas, já foram instalados em bairros das regiões Imbirussu e Lagoa e região do Anhanduizinho. Cerca de 970 armadilhas e três aspiradores para a captura de mosquito foram doados pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), do Rio de Janeiro, para serem utilizados neste trabalho. A previsão do município é que todas as regiões da cidade contem com o sistema até o fim do primeiro semestre.

O assessor técnico da Coordenadoria de Vetores, Lourival Araújo, diz que é possível mensurar se houve ou não aumento na infestação do Aedes aegypti nas localidades onde os vasos foram distribuídos, otimizando o trabalho. ““Nele, é inserido uma palheta de madeira, que facilita a fêmea do Aedes colocar os ovos. Dentro do recipiente, é inserida uma substância larvicida. Dessa forma, conseguimos observar de maneira mais rápida e eficiente a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate, sem que o inseto se desenvolva””, explica o técnico.

(Thais Cintra)

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