O campo-grandense está com pé no freio para fazer novas compras, segundo revela a pesquisa ICF (Intenção de Consumo das Famílias) da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo). Cerca de 58,9% dos entrevistados disseram que considerando o momento atual ruim para adquirir bem duráveis como eletrodomésticos, por exemplo.
Reflexo do conjunto é a quarta queda consecutiva do índice que mede a intenção de consumo do cidadão da Capital, que saiu de 97,8 pontos em julho, para 95,6 pontos em agosto. O índice abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação.
“O consumidor está receoso de gastar, diante de um cenário econômico instável para o País. Um dado interessante é o nível de consumo atual, que registrou o maior índice positivo da pesquisa e isso pode ser um indicativo de que em breve o consumidor retome seu poder de compra”, afirma a economista do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias.
Quando questionados sobre o emprego, a maioria (34,3%) se sentem mais seguros. Outros 27,4% disseram que sentem um cenário igual ao do ano passado, 13% estão menos seguros, enquanto 24% formam o grupo dos desempregados.
Seguindo o lema da esperança ser a última que morre, 57,6% acreditam numa melhora profissional nos próximos seis. Ainda segundo a pesquisa, a maioria dos consumidores acredita que o consumo nos próximos meses será igual ao mesmo período do ano passado (56,8%). Já em relação à renda atual, 52,1% afirmam que está igual e 27,8% disseram estar melhor, na comparação a 2018.
Grande parte das famílias também está consumindo menos, cerca de 43,9%. Já 35,8% do total de entrevistados consome hoje no mesmo nível do ano passado e 20,1% compra mais. As condições de acesso ao crédito continuam iguais às do ano passado, segundo respondeu 44,5% dos entrevistados. Para 26,3% está mais difícil, 13% consideram mais fácil e 16% não responderam. (Marcus Moura)