Depois de apresentar deflação de -0,57 % em maio, considerada a maior desde janeiro de 2014, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,23% em junho, em Campo Grande, impulsionado pela alta de 1,08% no grupo de transportes. O indicador foi divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ontem (10).
O destaque foi a alta dos combustíveis (2,99%), entre eles a gasolina (3,17%). Do outro lado da moeda, a maior retração foi observada no segmento de vestuário, com queda de 0,46%.
Segundo o instituto, no acumulado do ano a alta é de 0,34%. No país, o mês consolidou inflação de 0,26%, acumulando 0,10% no ano.
Em Campo Grande, dos nove grupos pesquisados, quatro tiveram deflação e outros cinco acréscimos. Além da gasolina no grupo de transportes, o segundo maior foi o segmento de artigos de residência, passando para 1,27%, valor maior que os 0,87% registrados em abril, com impacto de 0,05 ponto percentual no índice. Entre os produtos que contribuíram para tais resultados estão a alta dos eletrodomésticos e equipamentos (4,11%) e dos artigos de TV, som e informática (4,12%).
A lista com os demais “vilões” é composta pelo segmento de saúde e cuidados pessoais (0,11%), com destaque para o subitem produtos farmacêuticos e óticos. O subgrupo leitura apresentou alta no mês de junho, com 1,61%.
Por último, o grupo comunicação registrou variação de 0,75% no Brasil, e de 0,77% em Campo Grande, puxado pelo subitem combo de telefonia, internet e TV por assinatura, que aumentou 2,33%.
Em contrapartida, nas reduções do segmento vestuário, os subitens roupa masculina obtiveram quedas de 3,12%, roupa feminina de 2,91% e calçados e acessórios de 1,62%.
A segunda maior redução foi observada no grupo despesas pessoais, com destaque para cabeleireiro (-0,16%) e sobrancelha (-0,14%). Outros serviços, como manicure e depilação, tiveram acréscimos de 0,89% e 0,38%, respectivamente.
No país, sete dos nove grupos pesquisados apresentaram alta
Após dois meses com deflação, os preços voltaram a subir no Brasil em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE ontem (10). O IPCA, considerado indicador de inflação oficial do país, fechou o sexto mês do ano pressionado principalmente por combustíveis e alimentos, com uma alta de 0,26% no período.
No ano, os preços subiram 0,10%. No acumulado de 12 meses, o índice é de 2,13%, abaixo do piso da meta estabelecida pelo governo para 2020 de 4%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
“Ainda é cedo para dizer se a alta no mês é reflexo da flexibilização do isolamento social em algumas cidades porque o movimento é diferente em cada região. Temos de aguardar para fazer análises mais detalhadas”, avaliou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta no mês.
Em maio, a deflação foi de 0,38%, menor resultado para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1980. Em abril, os preços caíram 0,31%.
(Texto: Michelly Perez com informações da Folhapress)
Veja também: A pandemia e a volta as aulas no Brasil