O calor e a baixa umidade castigam Mato Grosso do Sul está semana, devido a uma onda de calor intensa que atinge o país. A população precisa tomar cuidados básicos como ingerir muito líquido e não sair ao sol em horários de pico, mas também é preciso ficar atento e prestar os mesmo cuidados com os animais de estimação.
Animais domésticos que ficam expostos ao sol por longos períodos ou expostos quando o sol está mais quente, podem ter queimaduras na pele e gerar um estado de hipertermia, quando a temperatura do corpo do animal fica igual ou superior a 39,6°C em gatos e 39,1°C em cães.
Além disso, há agravantes que podem gerar casos de hipertermia ou maior dificuldade de dissipar o calor como obesidade, obstrução das vias aéreas superiores, doenças cardíacas, animais com pelagem mais escura (pois retém mais o calor), animais braquicefálicos, animais muito pequenos ou idosos.
Existem alguns cuidados que os tutores precisam adquirir durante os períodos mais quentes do ano para manter a saúde dos pets em dia e evitar uma ida ao médico. A médica veterinária Ana Eliza Silveira explica que os animais trocam o calor do organismo com o ambiente por meio da respiração.
“Então toda vez que a gente vê um cachorrinho ofegante, com aquela linguinha de fora, ele está trocando calor com o ambiente, ele tá tentando resfriar o corpo dele. Nem sempre isso quer dizer que ele tá com sede, mas é a única forma que eles têm de trocar o calor”.
A veterinária ainda dá dicas de como manter os animais longe da exposição do sol e calor e comenta que sempre é preciso mantê-los hidratados.
“Uma forma da gente cuidar dos nossos pets nessa época, agora que vai fazer dias bem quentes, e tá muito seco, é manter um local com sombra e essa sombra que seja uma sombra arejada, um quintal com sombra suficiente e local que corra o ar para ele poder se se refrescar”.
“Potes de água espalhados pela casa, e não somente um porquê nessa época de calor, além do animal, consumir a água, ela também vai evaporar com maior facilidade por conta do calor, então mais de um pote acessível para esse animal, de água limpa”, instrui.
Gelo, tapetes especiais, frutas e até picolés são outras dicas valiosas que Ana Eliza recomenda. “Você pode também fazer cubos de gelo grande, tipo um pote de sorvete vazio, coloca para congelar e deixa esse pote disponível para o animal, que ao longo do dia ele pode ir lambendo esse pote”.
“Eu também ensino muito para os tutores a fazer picolé de carne moída, pega uma carne moída, pode ser crua ou cozida, sem tempero, sem sal, coloca ela em forminhas com um pouco de água e aí oferece isso para o pet, eles amam esse tipo de picolé porque é um jeito deles se refrescarem e tem o gostinho da carne. Tem animais que gostam muito de frutas, então dá para fazer também picolé de fruta, não comprar esses artificiais, mas fazer mesmo, triturar, bater no liquidificador uma fruta com água e congelar e oferecer para esses animais”, explica.
“Existem algumas opções de tapetes gelados, que são tapetes a base de gel que você deixa ele na no piso na sombra, ele mantém uma temperatura agradável para o animal”, explica a médica.
Um dos principais pontos de atenção para os tutores são os horários de pico para passeios. “Horários de passeio: passear somente no período da manhã bem cedo e no final da tarde já quase anoitecendo. Os animais, a patinha deles, ela é sensível ao calor. Então, se você passear com o seu animal num piso muito quente, ele vai queimar as patinhas”.
Além disso, para os cães, brincadeira envolvendo água estão liberadas. “Brincadeiras com águas estão liberadas, então brincar com o cachorro com a mangueira, dar banho nesse período quente, deixar entrar na piscina para nadar; tudo isso está liberadíssimo, a única preocupação é secar bem o animal depois para não dar fungo na pele, essas coisas”.
Para gatos
Muitos pensam que os gatos, devido à fama de ‘independentes’, não necessitam de cuidados nesse período, mas Ana Eliza comenta que até para os felinos existem opções para eles. Além disso, os cuidados ambientais são os mesmos, como local arejado, com sombra e circulação constante de ar.
“Para gato, especificamente, que são mais chatos para beber água, gato tem que sempre limpa e fresca. Então hoje no comércio, no mercado existem umas fontes de água para gatos, os bebedouros que a água ela é corrente. Como se fosse uma fonte mesmo”
“Então a água fica circulando, se movimentando e isso faz com que o gato tenha maior vontade de beber por conta da água ter um fluxo. Manter a água sempre limpa e fresca. Investir nesses bebedouros elétricos que mantém a água circulando. É uma ótima opção para esses animais”, comenta.
Sinais
Ela ainda explica que é possível identificar alguns sinais de que o pet pode estar sofrendo com o calor.
“E alguns sinais que a gente deve ficar atenta durante esse período é: se o animal está muito ofegante, não consegue levantar, não consegue comer, não consegue beber água. É um sinal de você levar ele para um veterinário. Aquele animal que está tendo tremores, muitos tremores ou após o passeio o animal cair, ou desmaiar; animal está muito prostrado; sinais de desidratação e isolação”, finaliza.
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