Barbosinha não participa de ato sobre 8/1 e recebe críticas

Foto: Luciana Nassar
Foto: Luciana Nassar

Governador em exercício cumpre agenda com parte da equipe 

Nesta segunda-feira (8), o governador em exercício José Carlos Barbosa (PP), o Barbosinha, cumpriu agenda interna durante o dia. Apesar do apelo do deputado estadual Zeca do PT, para que o governador participasse do ato “Democracia Inabalada”, realizado no Congresso Nacional, isso não foi concretizado.

Barbosinha substitui o governador Eduardo Riedel (PSDB), que está em recesso até o dia 14 de janeiro. Riedel, assim como os outros governadores brasileiros, foi convidado para participar oficialmente do ato. O evento, organizado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a favor da democracia, tem como objetivo protestar contra a invasão na sede dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.

Barbosinha alegou, via assessoria, que já tinha outros compromissos agendados. “O governador Eduardo Riedel está de recesso e retoma o comando do Estado no dia 15. O vice-governador, Barbosinha, que está à frente da gestão estadual, interinamente, já havia marcado uma série de agendas públicas no interior de Mato Grosso do Sul, razão pela qual não poderá estar presente em Brasília no próximo dia 8 de janeiro”, diz a justificativa.

Vale destacar que estar de recesso, por coincidência ou não, tirou Riedel de uma “saia justa”, já que para vencer as eleições para o governo do Estado de Mato Grosso do Sul, contou com o apoio do PT e de parte dos bolsonaristas encabeçados pela senadora Tereza Cristina (PP).

Entre os senadores de Mato Grosso do Sul, apenas Soraya Thronicke (Podemos) confirmou presença no ato. Como era de se esperar, a senadora Tereza Cristina não participou do encontro, em Brasília. Além disso, devemos considerar que Barbosinha é do mesmo partido da senadora. Para o deputado Zeca do PT, a aliança, feita durante a eleição de 2022, alcança muito mais, já que ele cobrou duramente que o governador interviesse de forma contundente para que o governador em exercício o representasse e marcasse seu posicionamento.

A inconformidade da ausência do governo de MS no ato, em Brasília, foi exposta pelo deputado Zeca do PT, divulgada por meio de nota do parlamentar, que diz que o governo de MS baila com o fascismo. “A posição do governador em exercício não é uma posição isolada, portanto se trata de posição do Governo do Estado do MS e caracteriza: Descompromisso do atual governo do nosso Estado com a defesa da Democracia no Brasil; Que está a serviço da causa bolsonarista, apoiando ações que promovem baderna e agressão, fragilizando as instituições. Assume publicamente posição de extrema-direita, bailando com o fascismo e tentativas de golpe”, diz, em nota, Zeca do PT.

Na nota emitida, pediu a intervenção de Riedel (de recesso), para garantir que o governo mandasse representante ao ato. Esse será mais um episódio que o governador terá que contornar entre os seus aliados, quando voltar ao comando do governo.

Mais críticas pela ausência do governador 

O deputado federal Geraldo Resende, vice-presidente do PSDB de Mato Grosso do Sul, disse ter cobrado do ex-governador e presidente tucano, Reinaldo Azambuja, um posicionamento “claro e firme” do partido sobre os atos golpistas de 8 de janeiro.

Em nota divulgada no domingo (7), Resende defende que todos os governadores do PSDB estivessem presentes em Brasília, no dia 8 de janeiro deste ano, “para marcar o nosso posicionamento sobre aquela repugnante data”. Os dois outros governadores do PSDB, Raquel Lyra, de Pernambuco, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, confirmaram presença.

Kemp também cobra 

O deputado estadual Pedro Kemp (PT), que faz parte da base de sustentação do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, criticou a ausência do governador em exercício, Barbosinha, no ato em Brasília

Kemp reforçou que o ato simboliza a defesa da democracia, independentemente de preferências partidárias. “Os mandatários dos governos estaduais, independente das siglas partidárias, deveriam se juntar ao presidente da República nesta data simbólica, para reafirmar que o único caminho que o país deve percorrer é o da democracia, sempre”, concluiu.

Por Daniela Lacerda.

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