O Rally dos Sertões levantou muita poeira em Campo Grande no fim de semana e ontem (26) saiu de Costa Rica – a 336 km da Cidade Morena – rumo a Barra das Garças (MT). Os 302
competidores, com alguns desfalques, subiram em direção à Serra do Roncador, localizada no centro do país, entre o Rio das Mortes, Araguaia, Xingu e Kuluene, com altitudes que chegam a até 700 metros.
O percurso até o estado vizinho é de 639 km, sendo 530 km de especiais, ou seja, cronometrados. Da Capital de Mato Grosso do Sul até a capital dos esportes de aventura foram 487 km, com 415 de especiais. Os carros saíram da Vila Sertões, localizada na Praça do Papa, se deslocaram até uma fazenda na saída norte e chegaram no fim da tarde.
No geral, a prova teve a duração de dez horas, mas algumas categorias chegaram antes e outras depois. As motos e os quadriciclos foram os primeiras a chegar. Um pouco diferente do prólogo, a trinca vencedora da primeira etapa teve equipes adversárias. O primeiro foi Ricardo Martins, com uma Yamaha WR 450F, em 5h15m47.
Em seguida o atual campeão Tunico Maciel e seu companheiro Gregório Caselani, ambos com uma Honda CRF 450RX, nos tempos 5h16m15 e 5h19m35, respectivamente. Em entrevista ao jornal O Estado, Maciel falou sobre as expectativas da equipe. “O importante não é só eu ganhar, mas toda a equipe, se puder, subir no lugar mais alto do pódio”, fala.
Fazendeiro do Estado barra pilotos e muda tempo e percurso do Rally
Os UVTs e os carros tiveram um trajeto mais curto que o esperado. As primeiras “gaiolas”, como chamam os carros da categoria mais nova, completaram o percurso. Mas após o abastecimento, a equipe de apoio Alfa informou que o proprietário das terras proibiu a passagem dos veículos. Como não houve tempo para negociação, o tamanho do especial foi reduzido e finalizado no km 248.
Episódios parecidos, mas em condições bem mais graves, aconteciam no Dacar. Algumas interrupções por parte de grupos terroristas e rebeldes fizeram com que a prova não passasse mais pela África. “Foi a melhor opção em termos de segurança e também de logística da prova”, diz o diretor da prova, Du Sachs, à assessoria.
No UVT, os primeiros a finalizar a etapa pilotando Mavericks X foram Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin, da Varela Rally Team, com 2h58m43. Com 21 segundos de diferença, os corintianos Pedro Queirolo e Rodrigo Konig chegaram em segundo, totalizando 2h59m03 de prova. Em terceiro chegaram Bruno Varela e Guga Bortolanza, também da Varela, com 2h59m40.
A chegada em Alquiraz (CE) acontece dia 1º de setembro, dia do aniversário do Corinthians. “Sou corintiano de coração desde pequeninho, então estou muito feliz de poder representar o Timão nas pistas”, afirma Pedro. “É uma grande responsabilidade mas estamos preparados para assumir. A gente quer chegar lá e, se vier um troféu no aniversário do clube, melhor ainda”, completa Rodrigo.
Dirigindo uma Ford Ranger, Cristian Baumgart e Beco Andreotti, da X Rally Team, foram os primeiros a chegar, com 2h39m35. Dentro de uma L200 Triton, defendendo a Mitsubish Spinelli Racing, Guilherme Spinelli e Youssef Haddad vieram em seguida, com 2h40m46. Em terceiro, com 2h41m55, vieram Luiz Facco e Humberto Ribeiro, dirigindo um Buggy V8 pela Acelera Siriema.
Caio Castro capota em Campo Grande
Durante o Super Prime, que aconteceu na noite de sábado (24) o ator global Caio Castro, estreante na categoria, capotou o carro. O veículo rodou três vezes e parou de cabeça para baixo. Nem ele nem seu navegador, Marcos Postein, se feriram, mas o carro ficou destruído (Danielle Mugarte)