Após bandeira vermelha nas contas de energia dos consumidores do Estado, que deve elevar em até 10% os gastos, o consumidor deve se preparar para altas no gás de cozinha e na água em 2021 (veja box). O gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, vai sofrer reajuste pela 9ª vez, de no mínimo, 5,5% em Mato Grosso do Sul. É o que diz o Sindicato das Micro, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares do Estado (Simpergasc- -MS). A mudança se deve pelo anúncio feito ontem (3) pela Petrobras, com aumento de 5% no preço médio para as distribuidoras. O acumulado do ano é de 21%.
No entanto, se considerar os reajustes que os revendedores absorveram ao longo do ano, poderia superar os 10%, dependendo de cada revendedor. “Cada revenda possui sua forma de repassar, se houve aumento apenas na matéria prima, este é o valor repassado”, acrescenta Vilson de Lima, presidente do Sindicato.
Em nota, a Petrobras informa que, desde novembro do ano passado, “igualou os preços de GLP para os segmentos residencial industrial e comercial”.
Média de preços
Diante disso, se analisar o valor médio de R$ 72,39 vendido em Campo Grande, divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 22 e 28 de novembro, o botijão pode chegar a R$ 76,60 com o reajuste mínimo. Ou seja, aumento de R$ 4,21. Caso tenha adequação de 10%, o preço passa para 80,43.
Ainda de acordo com o levantamento, em quase um mês, o gás de 13 quilos subiu 5,97% no preço médio, saindo de R$ 68,31 para R$ 72,39.
O menor preço foi encontrado no Jc Bertan & Cia Ltda. – ME por R$ 65, enquanto no estabelecimento Valdinei Barbosa – ME foi encontrado por R$ 85. Variação significativa de 30,76%. Se comparar com a pesquisa da ANP, do dia 1 a 7 de novembro, o preço mínimo era de R$ 59,90, ou seja, houve elevação de 8,51%. Já no valor máximo era R$ 83 (2,41%).
Gás natural
No dia 15 de novembro, o gás natural canalizado também teve mudança no valor. Em Mato Grosso do Sul, o reajuste foi de 6,73%, com acerto realizado nas tarifas para os clientes da Companhia de Gás do Estado (MSGÁS).
Para o diretor-presidente da companhia, Rui Pires dos Santos, o preço do gás canalizado continua sendo melhor que o do GLP. “De janeiro até agora praticamente não teve aumento nenhum. Para se ter ideia, a diferença entre o GLP e o gás natural fica em torno de 15%”, explica.
O preço do metro cúbico com imposto, no segmento residencial, passou de R$ 4,58 em julho para R$ 4,89 no mês passado. No setor comercial, o valor saiu de R$ 4,09 para R$ 4,37. No industrial de R$ 3,60 para R$ 3,85.
(Texto: Izabela Cavalcanti)