Após 5 meses, pais aprovam volta do modo presencial

O aval para que escolas privadas de Campo Grande possam retornar com o modo presencial é uma tranquilidade para muitos pais de alunos. O acordo firmado entre prefeitura, representantes das escolas particulares e do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) prevê que as aulas da Educação Infantil sejam retomadas, dando autonomia aos pais para decidirem se enviam ou não as crianças à escola. 

Campo Grande conta com 186 escolas de ensino infantil que terão de se adaptar aos protocolos de biossegurança. O funcionamento será permitido apenas com 30% da capacidade total, o que deve atender cerca de 1,8 mil crianças no município, segundo a estimativa do secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho. 

A flexibilização ocorre quase seis meses após a suspensão das aulas presenciais, tanto nas redes públicas quanto privadas. Mãe de duas filhas – de 4 e 6 anos –, a empresária Adriana Alves Nantes, 33 anos, afirmou que as crianças estão agitadas neste período de isolamento com a falta da convivência escolar. Dependendo dos planos de biossegurança estabelecidos, ela não vê problemas em mandar as crianças para a escola. A rotina intensa das irmãs em casa, que já tem gerado até brigas entre elas, é um dos motivos para Adriana considerar o retorno à escola.

 “Elas pedem para voltar para a escola. Se fosse há algum tempo atrás, eu não as levaria. Mas agora, se eu sentir que o ambiente está seguro, penso em mandá-las”, contou. 

Com uma filha de 3 anos, a professora Karina Lima pontuou que a escola em que a criança estuda já adiantou para os pais como será a retomada das atividades presenciais.

 “Eu fui ao colégio e vi o que eles estão preparando. As crianças não vão entrar de mochila, terá um tapete sanitizante nas portas, entre outras questões”, disse.

 Lima comentou que, na sala da filha, apenas nove crianças permaneceram matriculadas, o que permite que apenas três crianças voltem para as aulas, conforme a decisão dos órgãos responsáveis. A professora ressaltou que vai decidir pelo retorno à escola caso os pais das outras crianças não precisem mais da vaga.

 “A aula on-line continuará, não está defasada e eu consigo ajudá-la. Existem alguns pais que precisam trabalhar e mandar as crianças para o colégio. Se for atrapalhar quem realmente precisa deixar o filho na escola, eu vou ceder a vaga da minha filha [para o retorno presencial]”, frisou.

(Confira a matéria completa na pág. A5)

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