Compra de fogos ainda é tímida na Capital, mas manifestações ajudaram nas vendas

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online
Foto: Marcos Maluf/O Estado Online

Há poucas horas da estreia do Brasil na Copa do Mundo FIFA 2022, no Catar, e praticamente faltando 1 mês para as datas festivas do final de ano, O Estado foi nas duas principais lojas de fogos de artifício de Campo grande para observar como anda a movimentação no ramo pirotécnico.

Segundo o gerente da Loja Pirofogos, Jefferson Barbosa, 26, os torcedores desta edição da Copa do Mundo de Futebol estão divididos entre pessoas que acreditam e os desacreditados que o Brasil possa ser hexacampeão mundial em 2022.

Na loja que fica na Av. Pres. Ernesto Geisel, neste final de ano houve um aumento de 70% a 100% das vendas, em comparação a Copa de 2018. Para Jefferson, o que realmente puxou um pouco das vendas da loja, nas últimas semanas, foi o pessoal que participa dos atos de protestos em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande.

“Pelo menos uma pessoa por dia chega na loja para comprar algo para as manifestações. O pessoal compra bastante confete verde e amarelo, além do bastão que solta fumaça verde e amarela”, explica o gerente.

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online

Por fim, Jefferson diz que o item queridinho dos clientes este ano são as buzinas. “O pessoal está levando muita buzina e o estoque foi todo comprado, ou seja, vai ter muito barulho pela cidade.”

A outra loja pesquisada pela reportagem foi na Brasfogos, loja que existe na Capital desde 1983 e se encontra na Rua Sete de Setembro, no centro da cidade. a Empresária Irene Coutinho de Lima, 55, contou que de fato as eleições ajudaram a aumentar as vendas.

De acordo com Irene, o final das eleições foi fundamental neste ano para o ramo da pirotecnia e a fumaça colorida é a nova febre do momento, seja para o cenário político ou em relação ao futebol.

Foto: Reprodução/Facebook

“Nos últimos anos, temos visto aumentar muito o consumo de fumaça colorida. Tivemos um aumento de vendas justamente por isso. Além disso, existem as bateria de fogos coloridas e de barulho. Mas as de barulho estão sendo cada vez menos requisitadas por conta da lei municipal. Mas, as pessoas ainda compram”, conta ela.

A minha expectativa para o final de ano é que tenha uma boa venda em relação às baterias coloridas, fogos de cores, sinalizadores e bombas de fumaça. Durante a Copa, a probabilidade que as compras de fogos aumente assim que passe os primeiros jogos, assim que a população sentir como é que está a nossa seleção.

Regras

Soltar e queimar fogos de artifício ou quaisquer artefatos pirotécnicos com efeitos sonoros está proibido em Campo Grande, de acordo com o Projeto de Lei Complementar 718/20.

Também está proibido soltar artefatos sem efeitos sonoros em portas, janelas ou terraço das edificações; distância inferior a 500 metros de hospitais, casas de saúde, asilos, presídios, quartéis, postos de serviços e de abastecimentos de veículos, depósitos de inflamáveis e explosivos, reservas florestais e similares e em locais fechados.

Quem descumprir a lei está sujeito a multa. Menores de 18 anos não podem comprar fogos de artifício. O barulho gerado pelos artefatos causa incômodo em pessoas hospitalizadas, bebês, autistas, idosos com Alzheimer e animais.

O empresário João Paulo Sintra, 28, é um dos clientes com bastante expectativa para os jogos do Brasil na Copa do Mundo e que nesta quarta-feira (23), decidiu comprar alguns fogos. “O pessoal do meu círculo tem feito o que dá para fazer uma folia aqui ou ali”

Segundo João, é a primeira vez que ele compra fogos para estourar na copa e que pretendente assistir os jogos em casa mesmo, com a esposa. “Cada gol que o Brasil fizer eu devo soltar um dos fogos. Acredito que o Brasil será campeão desta vez, ou pelo menos chega nas finais.”

“Está última copa está mais tranquila, as pessoas comemorando menos, as pessoas não estão tão eufóricas como antigamente”, avalia o empresário. Acesse também: Anvisa aprova volta do uso de máscaras em aviões e aeroportos

Com informações dos repórteres Mariely Barros com Marcos Maluf

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