‘Alertas de chuvas e tempestades se tornam constantes’, pontua Defesa Civil

chuva
Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

Nos três primeiros meses do ano, mais de 20 comunicados foram enviados, via SMS 

Na tarde de ontem (8), a chuva voltou a surpreender os moradores de Campo Grande. Em poucos minutos, várias ruas ficaram alagadas, ampliando o número de estragos que se somam pelos diferentes bairros da cidade. O serviço de alerta da Defesa Civil já emitiu cerca de 24 SMS, com alertas climáticos para os moradores da Capital. 

De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, major Centurião, é comum e constante a emissão e envio de alertas para chuvas e tempestades nesse período do ano, levando em consideração que chove muito. “Você consegue perceber que são chuvas esparsas, isto é, não ocorrem em um determinado ponto específico e concentrado. Existem lugares que recebem grandes volumes de chuvas, enquanto em outro bairro, o sol predominou o dia todo”, disse. 

Confirmando a informação relatada pelo coordenador, o meteorologista Natalio Abraão informou que ontem (8), foi possível contabilizar a diferença no volume pluviométrico, na Capital. Uma vez que na região do Parque dos Poderes choveu 20,4 mm, diferente dos 6,6 mm registrados na região do bairro Carandá Bosque.

“Choveu pouco em uma região e mais em outra. No Carandá Bosque foi 6,6 mm, na região central, 11,8 mm, na região do Aeroporto, outros 11,2 mm e no Parque dos Poderes 20,4 mm. A previsão é de calor, umidade e pancadas de chuva, até sexta-feira. No sábado e domingo, as chances de chuva são muito baixas, mas o calor continua”, explicou. 

Centurião fez questão de ressaltar os problemas causados pelas chuvas. “As consequências disso são os alagamentos em diversos pontos da cidade que, mesmo com chuvas rápidas, acabam sofrendo os danos resultantes das chuvas, e isso nós não podemos evitar.”

Com estragos desde janeiro, obras seguem sem data de início definida 

Os estragos, em alguns pontos da Capital, devido às fortes chuvas, continuam trazendo muitos transtornos à população. Os ventos fortes e o excesso de chuvas em Campo Grande acabou deixando várias ruas e avenidas totalmente alagadas.

Com isso, a prefeitura da Capital já começou a avaliar, com urgência, o que deve ser feito nos locais, para que veículos possam trafegar normalmente. A Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos) já está avaliando os problemas desses pontos prejudicados pelas chuvas e, a partir desse levantamento, os projetos necessários devem ser priorizados, para iniciar os reparos nas estruturas afetadas. 

Em janeiro deste ano, a passarela do Lago do Amor na avenida Senador Filinto Muller, na Vila Ipiranga, acabou não resistindo às fortes chuvas e desabou. A passarela, que fica no entorno do lago, cedeu e abriu- -se um grande buraco, as grades do local foram mantidas com algumas vigas de sustentação. O transtorno causou a interdição da via e a calçada, que fica ao lado da ciclovia, na Filinto Muller, ficaram com bastantes rachaduras. 

De acordo com a prefeitura, a obra do Lago do Amor requer serviços de engenharia e o órgão optou pela realização de pregão eletrônico, para a contratação dos serviços para a ponte. A passarela do Lago do Amor está orçada em cerca de 3 milhões de reais. Os trabalhos devem ser realizados com urgência, segundo a prefeitura. 

Outro ponto bastante prejudicado pelas chuvas, foi a ponte que cruza a avenida Fernando Corrêa e a rua José Antônio, que acabou sendo interditada, causando grandes transtornos no fluxo de veículos. As fortes tempestades acabaram fazendo com que o solo afundasse, ocasionando uma erosão na parte do aterro sob a cabeceira do local. 

Segundo a prefeitura as obras na ponte da Fernando Correa da Costa devem custar, aproximadamente, 700 mil reais. Os processos já foram encaminhados para a Secomp (Secretaria-Executiva de Compras Governamentais), para a contratação das empresas que devem executar os serviços. 

O caso mais recente foi a cratera aberta na rua Rivaldi Alberti, no Jardim Morenão, que acabou “engolindo” uma caminhonete. Mesmo após semanas do ocorrido, motociclistas e ciclistas seguem colocando a vida em risco, passando por um pequeno trecho, rente ao meio-fio, mesmo com a via sinalizada. 

Os reparos na via da Rivaldi Alberti seriam realizados pela própria prefeitura, porém, depois de uma avaliação técnica, foi constatado que será necessário a utilização de outros materiais, dos quais a prefeitura não dispõe. Será necessário a contratação de uma empresa especializada para esses trabalhos. Todo o projeto da obra já foi concluído e, no momento, está em fase de orçamento, para ser encaminhado à Secomp, para contratação emergencial. 

Por Felipe Bonazza e Tamires Santana – Jornal O Estado do MS.

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