[Texto: Daniela Lacerda, Jornal O Estado de MS]
Segundo reportagem do Jornal da Band, fontes ligadas a investigação sobre a existência de uma Abin paralela apontam que ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) e integrantes da CPMI da Covid-19, foram espionados. De acordo com as informações divulgadas, foram seguidos ilegalmente os passos de Abraham Weintraub, da Educação, Anderson Torres, da Justiça, Flávia Arruda, da Secretaria de Governo e o antecessor dela. O general Carlos Alberto dos Santos Cruz estava no início do governo Bolsonaro e saiu rompido com a família do ex-presidente.
De Mato Grosso do Sul, engrossam a lista a ex-senadora Simone Tebet (MDB) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos). Além delas, foram monitorados: o presidente da Câmara na época, Rodrigo Maia (PSDB), os senadores: Otto Alencar (PSD), Rogério Carvalho (PT), Omar Aziz (PSD), Humberto Costa (PT), Alessandro Vieira (MDB), Renan Calheiros (MDB), Randolfe Rodrigues (Sem partido). Governadores também foram alvos da Abin paralela, como João Dória, eleito com o apoio de Bolsonaro no Estado de São Paulo, e Camilo Santana, do PT, que governou o Ceará.
Do STF (Supremo Tribunal Eleitoral) foram monitorados os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Segundo as investigações, o monitoramento ilegal era comandado pelo delegado da PF e ex- iretor da Abin, Alexandre Ramagem. No entanto, apontam o vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente como a “cabeça”, por trás do monitoramento ilegal. Os dois negam participação no esquema ilegal e ainda não foram ouvidos pela Polícia Federal.