500 mil litros de leite serão perdidos por dia devido aos protestos

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) prevê que ao menos 500 mil litros de leite sejam perdidos ao dia, a partir desta quinta-feira (3), se as manifestações nas estradas não cessarem imediatamente.

De acordo com a entidade, 30 linhas de produção, de diversos alimentos, estão paradas neste momento por conta dos protestos.

Os atos antidemocráticos são realizados em estradas em todo o país por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas últimas eleições, que bloqueiam os acessos com caminhões e pneus incendiados.

O desperdício ocorre em meio a um agravamento da situação da fome no Brasil. Hoje 33 milhões de brasileiros não têm o que comer no país, conforme revelou o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, feito pela Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional).

Já o Datafolha apontou semana passada que 24% dos brasileiros têm comida insuficiente na mesa.

“Os bloqueios nas estradas comprometem severamente o acesso das indústrias às matérias-primas e insumos essenciais à produção e impedem a distribuição de todos os tipos de alimentos, inclusive leite em pó e fórmulas infantis”, diz nota divulgada pela Abia nesta quarta-feira (2).]

O monitoramento da entidade contabiliza que, no momento, mais de 30 linhas de produção estão paradas ou com risco alto de paralisação nas próximas horas.

“Se os bloqueios forem mantidos, a partir desta quinta-feira [3] há risco de descarte de, no mínimo, 500 mil litros de leite por dia pelos principais fornecedores de apenas uma indústria associada -além da perda de milhares de produtos acabados”, informa a Abia.

“Isso representaria prejuízos milionários para a economia, impactos na inflação e um desserviço aos esforços empreendidos pela sociedade no combate à insegurança alimentar.”

Com informações da Fohlapress, por DANIELE MADUREIRA

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