5 mil pessoas morreram em 64 mil acidentes de carro em 2021

Acidentes
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Foi divulgado hoje (17), o Anuário 2021 da PRF (Polícia Rodoviária Federal) onde constam dados que indicam que o número de acidentes e mortes em rodovias federais cresceu em 2021, comparando com 2020. Esse aumento interrompe uma série de quedas consecutivas observadas desde 2011.

O número de acidentes foi de 63.548 em 2020, para 64.441 em 2021. Já em 2011, quando as quedas tiveram início, o total de acidentes foi de 192.322.

Em 2021, os acidentes resultaram em 5.381 mortes, ante 5.291 registradas no ano anterior. No número de feridos, houve aumento de 71.480 para 71.690. Já de feridos graves, passou de 17.104 para 17.601.

A base de dados presente no anuário, teve início em 2007, quando foram registrados 127.671 acidentes, 6.742 mortes e 81.307 feridos. Em 2011, foi o ano com maior número de mortos, 8.675 óbitos contabilizados. O total de acidentes foi de 192.322 e 106.827 feridos.

Em relação aos estados, Minas Gerais foi o maior em número de acidentes (8.308), feridos (9.962) e de mortos (692) em 2021. Santa Catarina e Paraná vem logo em seguida, com 7.882 e 7.330 acidentes respectivamente.

Ranking 

O anuário traz um ranking das rodovias com maior frequência de acidentes, de feridos e de mortes. O líder de acidentes no ranking é o trecho da BR-101 em Santa Catarina, com 4.094, e com 4.310 feridos. Em seguida vem a BR-116 em São Paulo, com 3.099 acidentes e 3.151 feridos.

A rodovia com menor registros de mortos foi a BR-116 em São Paulo, com 173 casos. Em segundo lugar vem o trecho da BR-381 em Minas Gerais, com 162 óbitos, e a BR-101 na Bahia, com 153 mortes.

Os trechos que mais registram acidentes e mortes são os com pista simples. Em 2021, foram 31.747 acidentes nesse tipo de pista, com 3.652 mortes. Esses números são acima das 1.494 mortes registradas nos 27.198 acidentes em pistas duplas. Já as rodovias com pistas do tipo múltipla, com várias faixas, registraram 235 mortes, em 5.496 acidentes.

Do total de 64 mil acidentes em 2021, 38.930 ocorreram em dia de céu claro, 10.950 em dias de céu nublado e 6.699 em situações de chuva. Os meses com maior registro de acidentes foram julho (5.808) e dezembro (5.802), e também de mortes (520 e 539 respectivamente).

Colisões e infrações

O tipo de acidente que mais matou em 2021 foi a colisão frontal, com 1.585 mortes em 4.337 acidentes. Em seguida vem o atropelamento de pedestres, com 897 mortes e 2.906 acidentes registrados.

Nas estradas federais, foram 5,24 milhões de infrações aplicadas. Em 2020, esse número foi de 5,18 milhões. Na série histórica, 2018 foi o ano com maior aplicação, com mais de 7,35 milhões infrações, e 2007 foi o com menor número (1,85 milhões).

A infração mais cometida em 2021 foi transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%, com 2,28 milhões de registros. A BR-101 no trecho do Rio de Janeiro foi a rodovia com maior número de infrações, com 604 mil registros.

Bafômetro 

O número de testes de bafômetro caiu de 893.344 em 2020 para 299.465 em 2021. O número de pessoas e veículos fiscalizados também caiu, de 9,39 milhões de pessoas e 10,6 milhões de veículos, para 8,36 milhões e 9,47 milhões respectivamente.

As detenções em rodovias foram de 42.144 pessoas, sendo 4.783 por alcoolemia, 2.870 por crimes ambientais, 1.956 por contrabando e descaminho, 2.227 para cumprimento de mandado de prisão e 1.060 por portarem documento falso.

Entorpecentes e armas 

Foram 4.079 pessoas presas por tráfico de entorpecentes em rodovias federais. A PRF ainda ressaltou que desde 2021 os números por apreensões de drogas vem crescendo em todo país.

“No ano passado, o recorde histórico foi em relação à quantidade de cocaína tirada de circulação das rodovias federais: 40 toneladas. Esse número é 25% maior do que o último recorde, que foi apreendido no ano de 2020”, informou a entidade.

O estado do Mato Grosso foi responsável por 32% das apreensões de cocaína em 2021. Já as armas apreendias foi de 2.113, a maior parte pistolas (1.062) e revólveres (640).

Já os cigarros e bebidas lideraram o ranking de apreensões de contrabando. Foram 7,25 milhões de pacotes de cigarro e 528 mil litros de bebida. Logo em seguida vem os aparelhos eletrônicos, com 340.212 unidades apreendidas.

Ainda foram mais de 24 mil animais silvestres resgatados, que sofriam maus tratos e eram transportados de forma ilegal, e mais de 40 mil metros cúbicos de madeira apreendidos.

Com informações da Agência Brasil.

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