Vereadores discutem ampliação de ecopontos em outras regiões da Capital

Divulgação/ Câmara Municipal
Divulgação/ Câmara Municipal

A Câmara Municipal de Campo Grande promoveu ontem (4), audiência pública para discutir a necessidade de aumento no número de Ecopontos na Capital. Atualmente, a população conta com cinco pontos de descartes, número que, segundo os vereadores, precisa ser ampliado para 10, distribuídos em diferentes diferentes regiões da cidade. 

“Hoje, são cinco Ecopontos, e queremos 10 Ecopontos, pois temos regiões que precisam. Precisamos discutir essas leis que normatizam o descarte dos resíduos em nossa cidade. Queremos ouvir a população. Essa Casa é do diálogo e os vereadores representam cada um de vocês. Toda a cidade é nosso quintal e devemos cuidar dela. Não representamos empresas, mas os moradores. Se podemos mudar as leis, vamos atrás para atender os moradores”, disse Ronilço. O debate foi convocado pelo vereador Ronilço Guerreiro, por meio da Comissão Permanente de Meio Ambiente. Segundo ele, a demanda tem sido cobrada, principalmente, pelos jardineiros da Capital. Cabe destacar que estes locais recebem resíduos recicláveis, de demolições, mobílias, sucatas, restos de podas, eletrônicos, entre outros. Eles estão nos bairros Panamá, Noroeste, Nova Lima, Moreninhas e União.

“A grande questão é a quantidade de descarte que hoje é autorizado. É lamentável que a gente ainda tenha dificuldades como essa em nossa cidade, principalmente para pessoas que trabalham duro para tirar o sustento, como é o caso dos jardineiros, que enfrentam sol e chuva. Hoje, eles podem descartar apenas 1 metro cúbico da poda que fazem nos Ecopontos, mas e o restante? Temos que solucionar essa questão o quanto antes”, disse o vereador.

Cosme Reinaldo Alves, profissional da jardinagem, também pediu o aumento na capacidade dos Ecopontos. “Hoje, é insuficiente essa quantidade de 1 metro cúbico por descarte, não só para jardineiros, mas também para a população. É muito pouco. Nossa indicação é essa: aumentar a quantidade de descarte de resíduo e também os Ecopontos na cidade”, propôs.

O titular da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos), Domingos Sahib Neto, falou dos Ecopontos já existentes na Capital e relatou que a pasta tem catalogados outros 55 pontos de descarte irregular em Campo Grande. “Temos que fazer uma reflexão: a jardinagem é uma atividade econômica. E, para isso, tem que ser tratada. No custo, tem que embutir todo o processo de poda, transporte e destinação”, sugeriu aos profissionais.

Para a gerente de Políticas Ambientais Integradas da Planurb (Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano), Natália Aguiar, toda e qualquer mudança na legislação deve ser pautada em estudos técnicos, tanto econômicos, quanto ambientais. “Temos essa legislação do gerenciamento de resíduos da construção civil. Para ter esse aumento, é necessário ter um estudo de viabilidade econômica. Aqui em Campo Grande, é 1 metro cúbico, mas há outros Estados que são 2 metros cúbicos. Mas há um estudo. Sabemos da necessidade de mais Ecopontos, mas tudo tem que ser estrategicamente verificado”, defendeu.

 

Solurb segue determinação contratual

A superintendente de Meio Ambiente da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), Giselli Geraldelli, também defendeu uma mudança cultural. “Precisamos ter um entendimento inicial que ainda falta muito na questão de entendermos o que é a questão ambiental, de fato. Precisamos respeitar o direito do outro. Quem pratica o descarte irregular gostaria que isso acontecesse na porta da casa dele? Se não é recebido no Ecoponto, ele tem direito de descartar na porta de outro? Essa questão envolve mudança de comportamento”, analisou.

Em sua fala, Elcio Terra, superintendente da Solurb, concessionária responsável pela gestão da limpeza urbana e manejo de resíduos da Capital, afirmou que a empresa cumpre à risca o contrato firmado com a Prefeitura. “O contrato prevê a implantação de cinco Ecopontos, com volumes no máximo de 1 metro cúbico. O que estamos fazendo é nada mais do que cumprir o que está estabelecido em contrato e na legislação. Concordo que qualquer mudança na legislação deve ser embasada em estudos técnicos, de viabilidade econômica e ambiental, para entender qual o impacto que isso vai gerar para o município e na logística”, disse

 

Por – Michelly Perez

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