A torcida Independente do São Paulo lançou uma campanha de arrecadação para auxiliar as famílias afetadas pelo incêndio que atingiu a favela do Mandela no final da manhã desta quinta-feira (16). O objetivo da mobilização é oferecer suporte às vítimas que perderam tudo no desastre, proporcionando itens essenciais para a reconstrução de suas vidas.
A organização está recebendo doações de alimentos, materiais de higiene, fraldas descartáveis, água mineral, produtos de limpeza, roupas, sapatos, colchões, enxovais de cama e banho. As contribuições podem ser entregues diretamente na Rua Barão do Rio Branco, 592, no Centro.
A campanha da Independente representa uma demonstração de solidariedade diante da tragédia, buscando aliviar o impacto da perda e fornecer apoio prático às famílias que enfrentam um momento tão difícil. Leandro Oliveira, integrante da torcida e um dos organizadores da campanha, ressalta que o objetivo é a arrecadação de itens de consumo rápido.
Além disso, Leandro reforçou que mesmo com a discriminação sofrida pela Independente, a torcida continua oferecendo serviços à sociedade.
“Mesmo com o julgamento e muitas vezes discriminação de alguns para com nóis por ser torcida organizada, continuaremos trabalhando em prol da sociedade e ajudando nessas campanhas sociais porque o direito de ser Independente nos dá o dever de sermos solidários”.
O incêndio
O incêndio causou danos significativos à favela, com poucos barracos resistindo às chamas após os esforços das equipes do Corpo de Bombeiros para conter a propagação do fogo. Em meio ao pânico, moradores uniram forças formando uma corrente humana para controlar as chamas e tentar apagá-las com baldes.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, vinte militares trabalharam na ação de combate às chamas e nove viaturas foram deslocadas para o atendimento. Não houve ferimentos e nem vítimas. Além disso, as autoridades investigam as causas do acidente e trabalham com duas hipóteses. A primeira, indica que o fogo pode ter começado em um fio e a segunda, indica que as chamas podem ter sido provocadas por fumantes que tenham jogado cigarro no mato seco, com o sol e o vento forte as chamas se espalharam rapidamente.
‘Quem já tinha pouco, agora não tem mais nada’
“Para quem já tinha pouco, agora não tem mais nada” essa é fala da moradora Jaqueline Rocha Dias, 22. Em meio às lágrimas, ela contou, para a reportagem do jornal O Estado, que o seu barraco foi um dos últimos atingidos pelas chamas. No pequeno espaço, construído ao longo dos anos, ela morava com 14 pessoas, entre seus filhos, sobrinhos e a mãe, uma idosa de 67 anos. “Perdi tudo, não consegui salvar meu gato, que acabou morrendo queimado. Por quê, Deus? Já é um pesadelo não ter uma casa e o pouco que temos se destrói em chamas”, ressaltou a morada, bastante abalada.
Com informações Michelly Perez.
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Parabéns a iniciativa da independente MS
Fazer o bem,sem importar a quem