Tempo seco e COVID representam medo em dobro para asmáticos

Entrando em uma das estações mais secas do ano, a preocupação com as doenças respiratórias aumenta, principalmente agora em meio à pandemia do novo coronavírus. Os asmáticos, por já portarem uma complicação pulmonar, ficam ainda mais ameaçados, se enquandrando no grupo de risco. Esse medo em dobro mudou a rotina de cuidados de quem sofre com esse problema. Este é o caso da recepcionista Nathália Azevedo Prado, de 20 anos, que conta como hábitos simples como o uso da máscara são mais difíceis neste momento.

Nesta semana, a Prefeitura de Campo Grande decretou o uso obrigatório de máscaras por toda a cidade. O acessório deve ser usado tanto em locais públicos e privados fechados quanto ao ar livre, como praças e avenidas. Depois do dia 1º de julho, está prevista a punição de quem for flagrado sem o acessório.

Nathália, que trabalha em uma academia, conta que tem um desconforto maior utilizando o equipamento de proteção. “Minha respiração já é pesada e a máscara faz com que eu tenha que forçar os pulmões pra poder puxar ar. Isso faz com que eu tenha de usar minha medicação por mais vezes durante o dia. Sei que é importante o uso, então, sempre que posso, vou ao banheiro tiro e lavo o rosto, é a única coisa que ajuda a amenizar”, comentou.

Fora o uso da máscara, ela, que tem problemas de asma desde os 2 meses de vida, já sabe como controlar a doença respiratória. A famosa “bombinha de asma” com broncodilatador, inalado por acionamento de uma válvula de spray em casos de dificuldades para expirar o ar dos pulmões faz parte do seu dia a dia. “Atualmente, o grau da minha asma é superleve e moderado, pois faço tratamento”, explicou.

Apesar de já saber lidar com o problema, isso não inibe as dificuldades. “Faço academia, então uma das minhas dificuldades é a prática da atividade física por conta de exercícios que afetam a minha respiração”, contou. Com o clima seco, um aliado da jovem é o aparelho de inalação, que auxilia no processo de manutenção da doença.

COVID x asma

Na segunda-feira (21) é celebrado o Dia Nacional do Controle da Asma e a pneumologista Andrea Cunha alerta quanto a cuidados, prevenção e controle da doença. A asma habitualmente aparece na infância e pode voltar em qualquer fase da vida, entretanto pode aparecer em qualquer idade também, seja por fatores genéticos ou ambientais. Por ser uma doença crônica, não há tratamento e sim controle.

(Confira mais na página A6 da versão digital do jornal impresso O Estado)

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