Um filhote de tamanduá-bandeira albino foi encontrado em uma fazenda na região de Três Lagoas. O animal, batizado como Alvin, recebeu um colar de monitoramento via GPS colocado por pesquisadores do ICAS – Instituto de Conservação de Animais Silvestres.
Alvin será alvo de estudo inédito para compreender como será a adaptação dele, com características incomuns, no Cerrado. O albinismo é uma desordem genética que limita a produção de melanina, gerando animais com pelagem de coloração clara ou aloirada.
De acordo com a médica veterinária, Débora Yogui, esse é o segundo indivíduo com albinismo localizado na mesma região. O primeiro indivíduo, um tamanduá-bandeira juvenil que foi registrado pela Polícia Militar Ambiental (PMA) em agosto de 2021, foi encontrado morto e com sinais de predação pelos pesquisadores do ICAS.
“Quando nós chegamos lá, ele já estava em óbito, mas conseguimos coletar amostras genéticas que foram enviadas para a análise em laboratório. E agora, um ano depois, apareceu uma fêmea com um filhote pequeno (Alvin) nas costas e que também apresentava características de albinismo e dessa vez, conseguimos chegar até o animal para colocar um colar de monitoramento e isso vai possibilitar a realização de um estudo inédito sobre essa característica rara nestes animais”, explicou Débora.
Além de monitorar o comportamento do Alvin quando sair das costas da mãe e de como será a sua adaptação neste ambiente, o estudo quer descobrir se o tamanduá-bandeira ou sua mãe podem ter alguma relação genética de parentesco com o juvenil encontrado em 2021 e tentar entender como um evento tão raro pode ter acontecido duas vezes no mesmo lugar em um período tão curto.
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