Sujeira em empresa de reciclagem incomoda vizinhos no Santa Mônica

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Usado para atividades de reciclagem, um terreno tem tirado o sossego dos moradores da Rua Pedro Pedra, no Bairro Santa Mônica, em Campo Grande.  Acontece que o local, que deveria trazer benefícios ambientais, tem sido mal preservado, gerando proliferação de animais peçonhentos  que invadem as residências vizinhas.

Na manhã deste sábado (11), a reportagem no jornal O Estado Online esteve no local para averiguar a situação, que tem sido fruto de diversas reclamações. De inicio já encontramos uma idosa, que não quis se identificar, a moradora relata que diariamente tem sua casa invadidas por ratos, oriundos do terreno. Nas paredes da sua casa é possível ver a marca dos pés dos roedores, que já ficaram marcados.

Foto: Marcos Maluf

Em um único dia desta semana, a dona de casa captou sete roedores, e o que parecia de início algo infeciono se tornou uma grande dor de cabeça. Já que os roedores podem ser transmissores de diversas doenças, como leptospirose, peste bubônica, tifo, salmonelose e hantavirose. “Essa noite tive até que tomar remédio para dormir, por conta do barulho que esse monte de bicho faz”, fala.

Foto: Arquivo pessoal.

Barulho, doenças e até destruição dos móveis, a mulher narra que os ratos já roeram seus móveis e parte da estrutura da casa. Segundo a moradora, todo esse problema se iniciou há 8 meses, quando um casal de idosos deixou a residência, que é alugada, e o local passou a ser ocupado para o armazenamento de materiais recicláveis.  “É desesperado o lixo que tem ali dentro”, pontua.

Para tentar solucionar a invasão de ratos, ela gastou R$ 1.000,00 em veneno, mas os animais não dão sossego e continuam aparecendo em todos os cômodos da casa. “Você pode andar minha casa toda, os quatro cantos, você não vai ver lixo, não vai ver sujeira, mas vem tudo aí do lado”. Ela ainda finaliza dizendo que o local está em uma verdadeira situação de abandono, já que não recebe limpeza e o mato não é aparado há meses. “Eles alugaram esse terreno como depósito para trabalhar, eles cuidam, não limpam nada, e o mato só cresce”, diz.

Não muito longe da casa da moradora, surge um segundo relato. Também sem se identificar, um morador que reside ao lado do terreno abriu as portas de sua casa para mostrar um segundo problema: uma de proteção que foi instalada, sem calhas no local. 

De maneira irregular, os novos inquilinos instalaram um grande teto de metal para proteger os materiais de reciclagem, mas não foi feita uma uma calha para que a água da chuva pudesse seguir o caimento correto. Aos invés disso, toda água da chuva que cai sobre o teto escorre para casa do morador, causando infiltrações,  que já deterioraram vários cômodos da residência.

Nas fotos é possível ver os estragos que umidade da água da chuva, mal escoada, deixou nas paredes da casa. Manchas, pintura descascada, mofo, ferrugem, queda de reboco. O morador teme que caso o problema não se resolva, haja um comprometimento das estruturas da construção.

A reportagem tentou entrar em contato com o proprietário do estabelecimento, mas até o momento não obteve resposta.

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