Sexta-feira 13: data é alerta para quem possui gatos pretos

Gato
Foto: Nilson Figueiredo

Para muitas pessoas, a sexta-feira 13 é motivo de preocupação: cruzar com gatos pretos, passar por debaixo de escadas e quebrar espelhos são conhecidos por trazer azar, principalmente na data.

Mas a data também é motivo de alerta para os tutores ou protetores de gatos pretos. O bichano se torna alvo de maus-tratos e até de morte em muitos rituais errôneos que ocorrem na data. Protetores e abrigos inclusive evitam a adoção de gatos pretos nos dias que antecedem a data.  

Como muitos aproveitam o momento para maltratar os gatinhos (cachorros pretos também podem ser alvo de crimes), há alguns cuidados que precisam ser tomados pelos tutores e protetores:

Criação indoor: sempre manter o bichano dentro de casa. Além de o proteger na data, evita que o mesmo seja infectado com doenças, atropelado, envenenado, ou se envolva em brigas.

Telas: item indispensável para quem tem animais e crianças em casa, principalmente para os que moram em apartamentos. 

Adoção: é um gesto de amor, mas evite doar gatinhos pretos nos dias que antecedem a sexta-feira treze. Eles podem ser utilizados em rituais de maus-tratos. Se encontrar um gato preto perdido ou abandonado, leve-o para um lugar seguro. Se vir qualquer sinal suspeito envolvendo gatos pretos, tente resgatá-lo ou acione as autoridades.

Origens

Os felinos de pelagem preta nem sempre foram vistos como uma ameaça. No Egito Antigo, por exemplo, os gatos eram tratados como deuses e sinais de boa sorte, principalmente os pretos. 

Já na Idade Média, com o crescimento do Cristianismo, a adoração a felinos era considerada heresia, e os gatos pretos foram declarados como a encarnação de seres malignos.

Em seguida, a inquisição perseguiu e executou muitas mulheres consideradas bruxas e seus gatos, principalmente os pretos, também foram alvo. Acontece que essas mulheres conheciam a medicina natural e sabiam do poder de caça dos felinos para manter ratos e outras pragas longe de casa. Por isso mantinham um por perto. Por fim, no século XIV veio a Peste Negra que dizimou boa parte da população europeia – o que só piorou a situação, pois acreditavam que essa pandemia era um castigo dos felinos. Só que na verdade, o contágio da doença era feito por pulga em ratos contaminados. 

Medo

Para a parcela da população que leva a superstição muito a sério, um alerta: neste ano, o dia 13 cai duas vezes em uma sexta-feira. A primeira é nesta sexta e a próxima só em outubro. Em 2022 e em 2021, por exemplo, o número mal-assombrado só caiu uma vez no sexto dia da semana.

Há diferentes possíveis origens para o tabu. Uma delas relaciona a falta de sorte e a data com a mitologia nórdica. De acordo com a lenda, um banquete oferecido pelo deus Odin aconteceu para 12 convidados.

Loki, considerado o deus do mal, da trapaça e da discórdia, soube do encontro para o qual ele não foi chamado e matou um dos participantes. Assim, passou-se a acreditar que um encontro entre 13 pessoas pode terminar em tragédia.

Outras explicações estão ligadas ao cristianismo, uma vez que, segundo a tradição, Jesus foi crucificado numa sexta-feira. Além disso, a Santa Ceia contou com a presença de 13 pessoas.

Há, ainda, a possibilidade de que a superstição esteja ligada ao livro “Sexta-feira 13”, lançado em 1907 por Thomas Lawson e que conta a história de um corretor de Wall Street que manipula o valor de ações para se vingar de seus inimigos e os deixa na miséria. Embora não o tenha criado, a obra teria ajudado a disseminar o temor pelo dia.

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