O serviço de teleconsultas, inicialmente instituído para realizar orientações e monitoramento de pacientes com Covid-19 agora também está apto para acompanhar e orientar pacientes confirmados ou suspeitos de Monkeypox, além de de seus contatos próximos. O teleatendimento é oferecido pela Prefeitura Municipal de Campo Grande por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
O secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, explica que o serviço foi pioneiro em Mato Grosso do Sul no período de orientações para Covid-19. “Ele está sendo implementado de forma inédita para o atendimento do caso suspeito ou confirmado de Monkeypox, além de prestar as orientações necessárias e direcionar o paciente para uma unidade para realizar a coleta do material para exame, caso seja necessário”.
José Mauro ainda diz que toda a população que tiver dúvidas sobre a doença poderá buscar esclarecimentos por meio do telefone 2020-2170 em relação a sintomas e como deverá agir em caso de contato com paciente suspeito ou confirmado para a infecção. O serviço funciona das 7h às 19h sem pausas, com informações sobre os sintomas da Monkeypox, Covid-19 e esclarecendo dúvidas sobre vacinação e locais de testagem. Em Campo Grande serão sete unidades sentinelas para a realização da coleta de material do paciente com suspeita de Monkeypox.
“Reforçamos que todas as 72 unidades básicas e de saúde da família estão capacitadas para atender um paciente com suspeita da doença, contudo essas unidades serão referenciadas apenas para a testagem e, para isso, é necessário que o paciente possua uma prescrição médica”, complementa o secretário.
A Monkeypox
Atualmente a Capital tem sete casos confirmados de Monkeypox, conhecida popularmente por varíola dos macacos. A doença é provocada por um vírus da mesma família que a Varíola (Poxviridae). Os principais sintomas da doença são febre alta e de início súbito, inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica, dores de garganta e posteriormente o aparecimento de vesículas na pele. Ela é transmitida por meio de gotículas salivares ou do contato direto com a secreção expelida pela erupção na pele. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) ainda recomenda a utilização de máscara e distanciamento social como forma de prevenção.
A Monkeypox tem um período de incubação de até 21 dias, assim, quem tiver contato próximo ou íntimo com um infectado também poderá ser contaminado. A prevenção a infecção é feita por meio de medidas básicas de higiene e evitando o compartilhamento de itens pessoais como lençóis, talheres, toalhas, roupas ou outros itens que possam ter entrado em contato direto com as vesículas ou secreções do paciente.
“Há também a orientação da Organização Mundial de Saúde para que, aquelas pessoas que possuam muitos parceiros sexuais ou não tenham um parceiro fixo, reduzam este número, uma vez que há comprovações também que a doença seja sexualmente transmissível”, diz José Mauro.
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