Revira Campo Grande
Empurrado pela enxurrada, cascalho invade pista da Avenida Fernando Corrêa da Costa
Desde o mês de maio que os moradores e empresários da região Central estão sentindo os efeitos das obras da segunda fase do Reviva Campo Grande. Após as chuvas que provocaram enxurradas em inundações em diferentes pontos da cidade, a Avenida Fernando Corrêa da Costa, também contemplada nos trabalhos de revitalização, amanheceu repleta de cascalhos e entulho carregados da Rua Padre João Crippa. Além disso, os comerciantes da região contaram para a equipe do O Estado que a situação é ainda mais preocupante e já causa até mais prejuízos que a pandemia do novo coronavírus.
Segundo o comerciante do setor de informática, Carlos Augusto, 40 anos, que tem uma empresa em plena Padre João Cripa há 3 anos, o movimento de clientes caiu muito após o início das obras, além disso, com o problema dos cascalhos e da enxurrada no local, ele afirma que os clientes deixam de ir até a sua loja.
“Eu faço manutenção em impressoras e computador, as pessoas estão deixando de vir até a minha loja, já que fica bem onde está interditado, o barulho incomoda, além de me atrapalhar em relação a sujeita, já que com a chuva fica tudo cheio de barro e pedra. Eu trabalho nesse ramo tem 14 anos e o que mais me atrapalhou até agora foi essa obra, ela vem atrapalhando mais que a pandemia inclusive”, lamentou.
Quem compartilha do mesmo posicionamento é outro comerciante, que preferiu não se identificar, ele pontua que a falta de planejamento adequado seja a principal problemática do Programa Reviva Campo Grande.
“Estou muito revoltado com a situação, as vendas chegaram a cair 50% desde o começo da obra do reviva, minha loja fica bem na esquina entre a Padre João Cripa com a Fernando Corrêa, e o que eu penso é que tudo isso se deve a falta de planejamento e também organização da prefeitura”, destacou o empresário fazendo referência ao período de chuvas característico desta época do ano.
Vale lembrar, que a segunda fase do Programa Reviva Campo Grande contempla a revitalização do microcentro com 21 quilômetros de vias, envolvendo o quadrilátero que vai da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Mato Grosso, e da Avenida Calógeras até a Rua José Antônio, com algumas extensões, como a Dom Aquino, Marechal Rondon e Barão do Rio Branco, até a antiga rodoviária.
A Equipe de reportagem entrou em contato com a Diretoria de Projetos Estratégicos da Prefeitura Municipal de Campo Grande, que informou que de acordo com a engenheira responsável pelo trecho, Joice Iahn, será feita a solicitação de limpeza à empreiteira.
texto (Débora Ricalde)