A farmácia da Santa Casa de Campo Grande está com o estoque de 66 medicamentos em níveis críticos, incluindo alguns usados para tratar pacientes nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). A informação é do coordenador do núcleo interno de regulação, o médico Fabiano Cançado. “Os principais são os bloqueadores neuromusculares e os sedativos, medicamentos utilizados nos pacientes mais graves, principalmente, os que estão internados em terapia intensiva. E eles estão com o estoque baixíssimo”, explicou.
Conforme Cançado, são diversos os motivos para o baixo estoque desses medicamentos, inclusive, o aumento no número de pacientes internados. “Tem a situação da dificuldade financeira que o hospital sofre há tempos, tem o aumento de pacientes com os 100 leitos clínicos e os 20 de terapia intensiva criados com a pandemia, por sermos retaguarda. Além da dificuldade de aquisição e logística dos medicamentos. Sem falar no preço, tem medicamento que subiu 240%. Ele custava R$ 29 e agora com a pandemia, passou a custar R$ 100, [como], por exemplo, a azitromicina”, disse.
Vale ressaltar que, justamente, por conta do baixo estoque de medicamentos, que a Santa Casa, desde a última sexta-feira (28), suspendeu as cirurgias não emergenciais e está com o pronto-socorro restrito apenas para pacientes de alta complexidade e de extrema urgência e emergência. Caso esse paciente não grave seja do SUS (Sistema Único de Saúde) e chegue na Santa Casa, a responsabilidade de transferência é da prefeitura.
(Texto: Rafaela Alves)