Mesmo sem atender COVID, Santa Casa enfrenta alta taxa de ocupação de leitos
Apesar de não ser o hospital de referência em atendimento à COVID-19, a Santa Casa de Campo Grande está sobrecarregada. O hospital atende os pacientes encaminhados pelo HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) que não possuem coronavírus e, mesmo sem lidar diretamente com a pandemia, a unidade está lotada. O hospital que possui 674 leitos ativos, entre SUS (Sistema Único de Saúde) e convênios, e registra uma ocupação elevada, que varia entre 80% e 90% na sua capacidade técnica. Nas UTIs, o percentual é ainda maior, chegando a picos de 100% de ocupação nos últimos dias.
Conforme a assessoria, esse suporte ao HRMS vem ocorrendo desde o início da pandemia, com a transferência para a Santa Casa de quadros de alta complexidade não relacionados com COVID, que já somaram, até o dia 23 de junho, 63 pacientes realocados para darem continuidade no tratamento de outras patologias graves.
De acordo com o presidente da Santa Casa, Heber Xavier, a Unidade de Trauma do hospital foi destinada para atender a demanda sobressalente do HRMS. “No prédio tradicional está tudo disponibilizado para os demais atendimentos, tanto é que o hospital está, com cerca de 600 pacientes internados. Estamos com mais de 90% de taxa de ocupação não referente à COVID-19, e sim à demanda geral, de trauma, crises de rim, de fígado, e todas as demais demandas”, ressaltou.
Para COVID, a Santa Casa habilitou 120 leitos para tratamento de coronavírus na Unidade de Trauma, sendo 100 leitos de enfermaria e 20 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), mas que não foram utilizados até hoje. “Nós já reservamos os leitos no fim de março, quando estourou a pandemia, equipamos e estamos no aguardo. Esperamos que continuemos no aguardo”, comentou Xavier.
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(Texto: Mariana Moreira/Publicado por João Fernandes)