Com mais de 126,5 mil casos confirmados de COVID-19 desde o início da pandemia em Mato Grosso do Sul, o percentual de recuperados da doença no Estado atingiu o patamar de 86%, o que corresponde a 109 mil pessoas, de acordo com dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde). Apesar dos índices positivos, muitos pacientes apresentam resquícios da doença, denominada como Síndrome Pós-COVID.
À medida que as autoridades em saúde adquirem mais conhecimento sobre os efeitos, sintomas e complicações do coronavírus no corpo humano, tornou-se recorrente o número de relatos de uma condição inflamatória, difusa e multissistêmica em adultos expostos à doença, a Síndrome Pós-COVID. As sequelas podem variar em graus leves, como perda temporária de olfato e paladar, a casos mais graves, de comprometimento neurológico, pulmonar e motor.
Conforme o infectologista e pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Júlio Croda, ainda é muito cedo para entendermos todas as sequelas que a COVID-19 acarreta. Para o pesquisador, é essencial que o médico valorize os sintomas do paciente após o período de infecção da doença. “Muitos não acreditam no que o paciente relata de sintoma. Então, é importante investigar qualquer queixa que o paciente pós-COVID possa apresentar para identificarmos se são sequelas ou não”, reiterou Croda.
De acordo com a cardiologista e clínica geral, Josete Gargioni Adames, nos últimos dois meses, houve um aumento importante dos atendimentos médicos em pacientes pós- -COVID-19 nos consultórios de cardiologia. Segundo Adames, o coronavírus pode acarretar graves problemas no coração: a coagulação intravascular disseminada que pode ter relação com trombose nas artérias coronárias.
(Confira mais na página A4 da versão digital do jornal O Estado)
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