Pessoas dispostas a assumir os cuidados e garantir melhor qualidade de vida para cães e/ou gatos de vida livre pelas ruas de Campo Grande passaram a contar desde março de 2022, com o apoio da Prefeitura, por meio do Programa Animal Comunitário. A iniciativa garante a essas pessoas o suporte aos animais com identificação, microchipagem, castração, vacinação antirrábica, atendimento, acompanhamento clínico veterinário e marcação na orelha esquerda dos gatos. Já são 187 pets que passaram a ter mais qualidade de vida a partir do projeto.
Com cadastro aberto para voluntários interessados em participar do programa, pioneiro em Mato Grosso do Sul, um dos critérios obrigatórios para participação é ter dois tutores responsáveis pelo(s) animal(is).
O advogado Pablo Chaves, um dos tutores do 1º animal comunitário do MS destaca a importância do Programa. “Ele congrega objetivos de preservar a vida de animais de vida livre, para que permaneçam saudáveis, propiciando assim a relação do animal com as pessoas que criam vínculos afetivos com esses seres. O programa proporciona dignidade a esses animais, pois oferece controle populacional e, principalmente, controle de doenças.
O advogado, que é um dos tutores do gato Frajola, ressalta ainda que não é porque são animais de vida livre, que não merecem cuidados e carinhos, pois são seres sencientes e estão amparados constitucionalmente. “No caso do Frajola, nós cuidamos dele e ele de nós, pois o carinho e o amor é mútuo. Queremos cuidar do Frajola até os últimos dias de sua vida, oferecendo todo o bem-estar que ele merece”.
Já a Tais Tellaroli, que é professora universitária e uma das tutoras do Grupo de Proteção Felina da UFMS, pondera o reconhecimento da Prefeitura, por meio do programa, ao trabalho de manejo ético de animais realizado pelo grupo na UFMS. “A gente está inserido no programa por causa de todo esse trabalho de manejo que a gente já executa ao longo de mais de 10 anos. Seguimos todos os protocolos, então quase todos os felinos já são castrados. O CCZ fez a marcação de orelha esquerda, que foi assim algo fantástico que a gente começou a aplicar aqui na universidade. Essa marcação facilita o trabalho de animais ariscos para identificar que ele é castrado”.
Sobre o programa
Atualmente, a ação conta com 3 cadastros efetivos que são o Frajola – 1º Animal Comunitário do MS e mora em um condomínio; uma colônia de gatos no Jardim Autonomista e o Grupo Proteção Felina da UFMS. No total são seis tutores e 187 animais cadastrados.
O Decreto n. 15.147 regulamenta a operacionalização do Programa Animal Comunitário, conforme disposto na Lei Complementar n. 395, de 1º de setembro de 2020.
Com informações da Agência municipal de Campo Grande.
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